A frente da Glassman South America, em São Paulo, em março, Greg Morris conheceu Andre Liberali, diretor geral da SGD Brasil. A empresa está sediada no coração de São Paulo, que é considerado como o centro nervoso industrial da região.
A SGD Brasil fabrica garrafas de vidro e frascos para perfumaria, cosméticos e mercados farmacêuticos. Também tem uma oficina de decoração especializada no local. Localizada na Avenida Santa Marina, no coração de São Paulo, uma cidade que é o centro econômico do Brasil.
A planta de Santa Marina foi construida em 1896, e tornou-se parte do grupo Saint-Gobain em 1960 (Saint-Gobain Desjonqueres). Em agosto de 2007 a empresa foi vendida, tornando-se o Grupo SGD independente da Saint-Gobain, abrindo em 2009 a oficina de decoração. Desde então, o Grupo SGD criou identidade própria, embora as duas empresas permanecem fisicamente perto – site de São Paulo da Saint-Gobain é apenas sobre a cerca de SGD.
Hoje, a SGD é de propriedade da Oaktree Capital, nos EUA, e está sediada em La Defense, Paris, França. Ela tem 11 fábricas no total: cinco com sede na França, que é o seu principal mercado; duas plantas na Geórgia, EUA; e uma em Espanha, Alemanha, China e Brasil.
O fábrica brasileira é responsável pelo fornecimento do mercado daAmérica do Sul e seus negócios. O negócio global da SGD tem uma receita de 560 milhões de euros, divididos 60/40 entre perfumes e farmacêutica.
No Brasil a empresa tem uma capacidade instalada de 1,3 milhão de produtos por dia e produz cerca de 16.000 toneladas por ano de frascos de vidro para perfumaria e cosméticos e 11.000 toneladas por ano para o mercado farmacêutico. O negócio produz para o mercado interno, mas também cobre todo o continente sul-americano – principalmente Argentina, Colômbia, Equador e Peru, trabalhando para grandes corporações internacionais.
Ela produz vidro transparente para perfumaria / cosméticos, vidro âmbar (tipo 3) para farmácia e tem uma sala limpa certificada ISO 8. Sua de unidade decoração trabalha com: Serigrafia, foscação, hot stamping, heat transfer e tampografia. A planta tem as certificações ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18000 .
O negócio recebeu um impulso em 2012 com a entrada em operação de um forno dedicado ao mercado farmacêutico, o que aumentou sua capacidade de produção e que foi necessária para atender a crescente demanda da América do Sul. No Brasil a empresa emprega 720 pessoas.
Perfume
O segmento de perfume produz vários artigos em quatro máquinas e seis seções, principalmente a partir de um forno de 30m ². Ele serve principalmente os mercados boutique / nicho para o qual, como Andre Liberali, diretor-geral da SGD Brasil, diz, a embalagem de vidro tem função de criar uma alma para o perfume – as pessoas não estão apenas comprando o perfume – elas estão comprando uma identidade. É a razão pela qual a empresa tem investido pesadamente em pessoas e máquinas para inspecinar e validar a qualidade da embalagem.
A empresa possui um centro técnico na França, que pode dar apoio à concepção de certos produtos de perfumaria, mas ao longo dos anos a unidadedo Brasil tem desenvolvido a sua própria experiência interna em design de embalagens.
Seu produto mais popular são alguns perfumes Natura, e a maneira mais popular de ser vendido é através do método de porta-a-porta. O brasileiro gosta de falar cara a cara e como as lojas de departamento vem perdendo clientes devido a recente recessão e a alta inflação, o mercado de porta-a-porta tem crescido.
Farmacêutico
A SGD Brasil produz num ambiente de sala limpa ( classe 100,00 mil , ISO 8 certificadas ) , que permite o controle da contaminação , da pressão e da temperatura , semelhante ao método usado nos laboratórios farmacêuticos .
O mercado farmacêutico está crescendo entre 6-10% ao ano no Brasil , graças ao recente aumento da classe média e seu rendimento disponível subseqüente. Acredita-se que cerca de 60 milhões de pessoas subiram da classe D e E para a classe C em 10 anos no país.
Apesar disso, ainda há uma lacuna de desigualdade com um terço da população que nunca usou medicamentos. Como resultado , tem havido um esforço do governo para oferecer medicamentos a um preço subsidiado ou mesmo gratuito, que tem beneficiado à SGD. Assim, quando um grupo de pessoas está comprando remédio pela primeira vez , um outro segmento da população está comprando medicina preventiva, como vitaminas , evitando as doenças . O desafio para SGD é o número de grandes grupos farmacêuticos internacionais, que são empresas adquirentes e, posteriormente, a ganhar quota de mercado sobre as marcas brasileiras.
Tecnologia Verde
A tecnologia verde e meio ambiente são temas particularmente importantes para a SGD Brasil, observa o Sr. Liberali. Suas certificações 9001, 14001 e 18001 formam a base de seu sistema de gestão, e suas emissões de gases são monitorados com debates regulares sobre a forma de reduzir ainda mais as emissões.
Em um movimento particularmente inovador, a empresa utiliza 100% de gás natural. A empresa utiliza um circuito em circuito fechado, quando se trata de água, e a única água que se perde é através de evaporação. Aproximadamente 5000m ³ de água é reciclada a cada dia na SGD.
Outras características verdes incluem arquivadores electrostáticas no seu método de processos e todos os resíduos são produzidos são monitorados.
Matérias-primas
A empresa tem um excelente acesso a matérias-primas no estado de São Paulo e nas proximidades do estado de Minas Gerais. Um debate está sendo travada no momento em como fazer o transporte das matérias-primas para as áreas populosas do sul. A indústria brasileira de vidro está a trabalhando junto as concorrentes para encontrar uma solução para esse problema.
Potencial de Mercado
Em perfumaria, atualmente o consumidor brasileiro está mais exigente, e a SGD visa garantir que ele adote as últimas idéias inovadoras quando se trata de embalagens.
Para farmacêutico, a empresa tem dois fornos, bem como máquinas de empresas europeias sush como Bucher Emhart Glass. Há espaço para um terceiro forno, mas a instalação deste depende do desenvolvimento do mercado futuro.
Potencial brasileiro
O Brasil tem crescido fenomenalmente nos últimos 10 anos em termos de avanços da sua classe média e seu poder de compra, onde também sua taxa de desemprego passou de 12% para 5,4%.
Pré-crise, os outros países estavam vendendo para o Brasil, enquanto a China, que foi crescendo na época, comprava um monte de commodities brasileiras. Pós-crise, o preço das commodities tem diminuído, o que tem impacto sobre as exportações do país. Uma exemplo disso é o preço da energia, uma mercadoria que o Brasil costumava exportar.
Uma vez que o gás de xisto em ascensão, é quatro vezes mais barato por mbtu nos EUA, que agora está vendendo para os países vizinhos.
Outro problema no Brasil de acordo com Mt Liberali – e repetiu em outros coutries ocidentais – é a falta de jovens talentosos que entram na indústria do vidro. Mr. Liberali acredita que as empresas de vidro brasileiras terão de desenvolver suas próprias escolas de vidro “para atrair a próxima geração de fabricantes de vidro.
Fonte: Revista Glass International
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