Em entrevista, José Youssef mostra as oportunidades e desafios do setor e se mostra positivo quanto aos investimentos

Os cosméticos orgânicos ou naturais vem crescendo na preferência do consumidor por não causarem danos à pele, aos cabelos, aos animais ou à natureza. Esse movimento passou a ser ainda maior após a pandemia em que as pessoas começaram a buscar mais produtos que diminuíssem o impacto ambiental. Não existem dados de quanto essa indústria movimenta no Brasil atualmente, mas um levantamento de 2021 feito pela Nielsen mostrou que os produtos considerados limpos (sem parabenos, sulfatos, corantes e fragrâncias artificiais, entre outros ingredientes) movimentaram US$ 406 milhões nos Estados Unidos — o que significa um crescimento de 8,1%.

Apesar das vendas do segmento de beleza brasileiro ter recuado 2,8% no ano passado, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abiphec), esse não foi necessariamente o caso quando olhamos para esses produtos. Atenta a isso a Use Orgânico vem oferecendo cada vez mais opções de cosméticos para os consumidores brasileiros. 

Recentemente, a empresa de cosméticos orgânicos, naturais e veganos focada em alta performance, anunciou o lançamento de seus desodorantes veganos e cruelty-free. Além de não ser testada em animais, a linha nas versões lavanda e lemongrass, à base de óleos essenciais, hidrata a pele e possui princípios ativos que contribuem para diminuir o estresse e a fadiga do dia a dia.

A versão natural da Use Orgânico tem como proposta ampliar o conceito global de green beauty por meio da viabilização de um produto de qualidade e preço acessível. Os lançamentos têm 0% de alumínio, não possuem perfumes sintéticos e funcionam com tecnologia de neutralização enzimática dos odores, diferente das fórmulas clássicas de desodorantes que contêm substâncias sintéticas, como parabenos, fragrâncias artificiais e triclosan, altamente alergênicos e até cancerígenos.

Tão aquecido, o mercado realmente torna-se uma mina para quem investe nele. “Sem dúvidas é um dos melhores mercados para se investir. Inclusive porque as mulheres brasileiras estão cada vez mais preocupadas com a saúde e beleza, não somente de si, mas de toda a família”, avalia José Youssef, CEO da Use Orgânico, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Experiência é a melhor estratégia

Priorizar a construção de um relacionamento estreito com o consumidor para poder criar uma experiência única é a principal estratégia de marca da Use Orgânico. Além disso, a empresa busca investir em produtos únicos e no melhor atendimento que o consumidor poderia receber. “Comunicamos nossa operação com a maior transparência possível, desde a seleção dos produtos, até conhecer de perto as marcas com que trabalhamos. Temos uma gestão sustentável e tudo é feito de acordo com a nossa proposta, que é mostrar que os nossos hábitos de consumo podem ser mais conscientes e sustentáveis”, afirma Youssef.

Outros investimentos da fabricante de cosméticos orgânicos são a criação de conteúdo útil, ativação com influenciadoras e campanhas on e offline. O investimento no digital também é forte. A empresa está nos principais canais de venda digitais do Brasil – entre e-commerces, redes sociais e marketplaces – além de loja física própria. 

Para atender a demanda em ascensão José Youssef mostra que a estratégia é ampliar ainda mais o portfólio. “O plano de negócios da Use prevê ainda nove lançamentos até o final de 2023. Para este ano estamos na fase final de desenvolvimento de mais um rótulo de cuidado pessoal, sempre pensando em produtos que sejam extremamente eficazes, focados em qualidade e performance, mas que sejam cada vez mais acessíveis ao maior número de pessoas possível”, afirma o executivo.

Melhor oportunidade de investimentos

Apesar do mercado nacional de orgânicos ainda não ser tão maduro quanto outros  países, ainda há muitas oportunidades de investimento. Youssef aponta que as mulheres brasileiras estão cada vez mais preocupadas com a saúde e beleza, não somente de si, mas de toda a família e que isso deve ganhar ainda mais força nos próximos anos. 

Esse crescimento só é prejudicado pela mudança de comportamento do brasileiro. “A transição orgânica é uma transição de estilo de vida, de pensamento, não apenas de práticas de trabalho, envolve uma mudança completa na vida de uma pessoa, ou pelo menos um primeiro passo em direção a esse caminho”, aponta.

Essa barreira pode ser quebrada ou diminuída com algumas mudanças na cadeia de produção. “Existe a necessidade de fortalecer e uniformizar a certificação no mercado como um todo, para garantir a qualidade dos produtos e dar confiabilidade para o consumidor na hora de escolher o que compra. Isso, por sua vez, depende de melhorar todo o sistema de informação da cadeia de produção de orgânicos no Brasil”, conclui o CEO da Use Orgânico. 

Fonte: https://www.mundodomarketing.com.br/reportagens/marca/40021/ampliacao-de-portfolio-e-experiencia-as-estrategias-da-use-organico-em-um-mercado-ainda-pouco-aquecido.html

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