Nesta quinta-feira (28), a moeda norte-americana recuou 0,53%, a R$ 4,9414.

O dólar fechou em queda de 0,53%, cotado a R$ 4,9414, nesta quinta-feira (28).

Esse é o segundo pregão seguido de baixa da moeda, o que não ocorria desde o último dia 12, quando a cotação consolidou uma série de três declínios.

Com o resultado desta quinta, a divisa acumula alta de 3,83% no mês, mas ainda tem queda de 11,36% no ano. Veja mais cotações.

Na máxima da sessão, o dólar chegou a R$ 5,047 (+1,59%) — máxima desde 18 de março —, mas a partir daí começou a perder força até cair. Já na reta final dos negócios, tocou R$ 4,9362.

O que está mexendo com os mercados?

No exterior, as bolsas da Europa subiam e o petróleo era negociado em queda.

Os mercados globais seguem guiados pelas apostas de uma alta mais agressiva dos juros nos EUA e por preocupações com os impactos da guerra na Ucrânia e das restrições de combate ao coronavírus na China.

Os EUA divulgaram que o PIB do país registrou uma surpreendente retração de 1,4% no primeiro trimestre, em dados anualizados. Por outro lado, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 5.000, para 180.000 na semana encerrada em 23 de abril.

“A inflação, a verdadeira preocupação nos dias de hoje, viu o índice de preços do PCE subir 5,2% em relação ao ano anterior e isso está começando a pressionar o poder de compra das famílias, com a taxa de poupança caindo pouco mais de 1% neste trimestre”, observou o economista-chefe do Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC), Avery Shenfeld.

Para ele, embora o crescimento tenha surpreendido para o lado negativo, “até que o avanço do emprego desacelere, o Fed estará focado em aumentar os juros para trazer essas pressões inflacionárias de volta à terra”.

Juros mais altos nos EUA elevam a atratividade de se investir na segura renda fixa norte-americana, o que tende a aumentar o ingresso de recursos na maior economia do mundo e, consequentemente, valorizar o dólar frente a outras moedas.

Por aqui, a FGV divulgou que o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) desacelerou para 1,41% em abril, passando a acumular alta de 14,66% em 12 meses. Já a confiança do comércio registrou a segunda queda seguida, enquanto que a dos serviços alcançou em abril o maior nível em cinco meses.

Na cena política, segue também como fator de preocupação a crise entre o governo e o Judiciário, após o perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro ao aliado Daniel Silveira (PTB-RJ), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a oito anos e nove meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a ministros do tribunal

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