Objetivo da brasileira é reduzir obrigações referentes à aquisição global que realizou no ano passado
O conselho de administração da Natura aprovou nesta quinta-feira, 1, a realização da oitava emissão de debêntures simples no valor total de R$ 1,4 bilhão. Os recursos serão destinados ao pré-pagamento parcial da dívida da companhia decorrente da emissão de notas promissórias comerciais, no valor total de R$ 3,7 bilhões, feita para financiar a aquisição da The Body Shop.
A cadeia de cosméticos de apelo sustentável, criada no Reino Unido, hoje tem 3 mil lojas no mundo. A Natura comprou o negócio da proprietária anterior, a gigante francesa de cosméticos L’Oréal. Foi a maior aposta brasileira no varejo tradicional. Anteriormente, em 2012, a companhia também havia adquirido outra marca estrangeira – a australiana Aesop –, mas tratava-se de uma cadeia de nicho, que tinha cerca de 60 unidades à época do fechamento do acordo, em 2012.
Estratégia. Segundo analistas de mercado que comentaram a compra da The Body Shop à época do fechamento do negócio, o movimento foi positivo para a Natura, que ganhou mais relevância global com o negócio.
Embora a Natura esteja abrindo unidades próprias no Brasil, fontes disseram que a marca “mãe” sempre terá de equilibrar a expansão no varejo tradicional e online para não “canibalizar” as revendedoras de porta em porta, que concentram a maior parte de seu faturamento. Embora tenha anunciado em 2016 que pretendia ter centenas de lojas no País, a empresa ainda está longe deste patamar.
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