A fabricante de cosméticos Avon divulgou nesta quinta-feira que a sua receita no Brasil cresceu 14 por cento no terceiro trimestre ante o mesmo período do ano passado, ou 6 por cento quando ajustado pela inflação e pelo câmbio.
De acordo com a companhia norte-americana, o desempenho foi apoiado em aumentos em sua base de consultoras e média de pedidos, enquanto o dado ajustado foi negativamente afetado em 3 pontos em razão de tributos.
Na semana passada, a brasileira Natura reportou queda de 7,1 por cento na receita líquida de suas operações no Brasil, com contração de sua base de consultoras.
“Este é o terceiro trimestre seguido que a Avon apresenta um desempenho superior ao da Natura no segmento de vendas diretas, no entanto, a diferença no desempenho das vendas no terceiro trimestre de 13 por cento é uma das maiores da história”, destacaram analistas do UBS em nota a clientes.
Por volta das 12:30, as ações da Natura recuavam 3,59 por cento na Bovespa, a 28,45 reais, enquanto as ações da Avon negociadas em Nova York cediam 3,3 por cento, a 6,20 dólares.
A equipe do UBS liderada pelo analista Gustavo Oliveira avalia que a Natura possa precisar acelerar – ou reconfigurar – sua estratégia de revitalização das vendas diretas para “pelo menos conter perdas para Avon e O Boticário”.
As receitas globais da Avon recuaram 2 por cento, para 1,4 bilhão de dólares, mas subiram 4 por cento considerando ajuste pela inflação e câmbio. Na América Latina, a receita subiu 4 por cento ou 9 por cento considerando dados ajustados.
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