A empresa de cosméticos teve despesas mais altas com inadimplência, principalmente no Brasil
Avon teve alta de 26% na receita no Brasil no primeiro trimestre em dólar e de 2% em moeda constante, ante o mesmo período do ano anterior, de acordo com dados apresentados nesta quinta-feira (4) pela fabricante de cosméticos.
Segundo o material de divulgação do balanço, o aumento na média de pedidos foi ofuscado parcialmente por um recuo nas representantes ativas no período.
Em relatório a clientes, analistas do Credit Suisse destacaram que as vendas em moeda constante dos produtos de beleza da companhia norte-americana ficaram estáveis no período, enquanto as da brasileira Natura subiram 3%.
“As tendências de vendas de ambas as companhias têm sito bastante erráticas nos últimos trimestre, com a Avon mostrando melhor desempenho no quarto trimestre de 2016, enquanto a Natura teve performance melhor no primeiro trimestre de 2017”, escreveram.
Para a equipe liderada pelo analista Tobias Stingelin, a Natura continua trabalhando duro para resolver seus problemas estruturais, e alguns avanços já estão em andamento, que combinados com a esperada melhora gradual na economia podem traduzir se em alguma estabilização de vendas.
O balanço global da Avon mostra que a margem operacional ajustada da companhia caiu 1,3 ponto percentual ante o mesmo período de 2016, para 2,9%, afetada, entre outros fatores, por despesas mais elevadas com inadimplência – principalmente no Brasil -, decorrente de ajuste à remuneração de ações e custos maiores de transportes.
Dados globais
Em Nova York, as ações da companhia caíam 16,6% por volta das 13h, diante de prejuízo de US$ 36,5 milhões nas operações continuadas, excluindo impostos, equivalente a US$ 0,10 por ação diluída, ante prejuízo de US$ 156 milhões, ou US$ 0,36 por ação, um ano antes.
O prejuízo ajustado nas operações continuadas, excluindo impostos, foi de US$ 28 milhões, ou US$ 0,07 por ação diluída, ante prejuízo de US$ 27 milhões, ou US$ 0,07 por ação, no primeiro trimestre de 2016.
A receita total da Avon aumentou 2%, para US$ 1,3 bilhão, mas em moeda constante caiu 1%.
Pesquisa Thomson Reuters I/B/E/S estimava lucro de US$ 0,01 por ação e receira de US$ 1,34 bilhão.
A margem bruta ajustada aumentou 0,9 ponto percentual, para 61,2%, beneficiada principalmente pelo impacto líquido favorável de preço em relação ao mix.
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