O lucro líquido da Natura deve recuar 26% no primeiro trimestre de 2016 na comparação com igual período do ano anterior, segundo as previsões de analistas do mercado. A média das estimativas de cinco instituições financeiras consultadas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, (BTG Pactual, Deutsche Bank, Itaú BBA, Safra e UBS) aponta para um lucro de R$ 88 milhões entre janeiro e março ante R$ 119 milhões nos mesmos meses de 2015.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da fabricante de cosméticos também deve registrar queda na comparação anual. A média das estimativas aponta para um Ebitda de R$ 268 milhões, montante 6% menor do que os R$ 285 milhões do ano anterior.
A receita líquida consolidada deve crescer 4,3%. Os analistas estimam receita de R$ 1,712 bilhão para os três primeiros meses deste ano contra os R$ 1,641 bilhão de 2015.
A expectativa é de continuidade de retração das vendas da Natura no Brasil. Pela média, as vendas, considerando apenas o mercado brasileiro, devem recuar perto de 9%.
No caso das operações internacionais, os resultados de vendas tendem a ser melhores, embora neste trimestre o impacto positivo da conversão das receitas externas em moeda local tenda a ser menor.
“A Natura continua a expandir suas operações internacionais num ritmo rápido e saudável, mas a demanda fraca e a intensa competição no mercado brasileiro dão o tom para mais um trimestre ruim”, resume o analista do Deutsche Bank, Marcel Moraes.
Além da retração nas vendas, os analistas acreditam que a operação brasileira continue perdendo margens. Apesar da expectativa de que um aumento de preços ofusque em parte a retração nos volumes vendidos, os profissionais ainda destacam que a companhia tem sofrido com pressões inflacionárias nos custos, as quais podem não estar sendo totalmente repassadas aos preços.
A divulgação de resultados do primeiro trimestre de 2016 da Natura está prevista para a próxima quarta-feira, 27, após o fechamento do mercado.
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