Há 16 anos na liderança da indústria farmacêutica, laboratório completa quase seis décadas com quatro modernas fábricas pelo Brasil, mais de 5 mil colaboradores e mais de 2,6 mil apresentações de produtos

A EMS é uma empresa 100% brasileira, com 58 anos de história e atuação nas áreas de Prescrição Médica, Genéricos, Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), Marcas e Non-Retail (Hospitalar).

Além de ter sido pioneira na produção e comercialização de genéricos no Brasil, em 2000, a farmacêutica possui o maior portfólio do País, com mais de 2.600 apresentações de produtos, e o maior portfólio de genéricos, com cerca de 500 apresentações.

É o laboratório líder no seu setor no Brasil há 16 anos consecutivos e ocupa também a liderança em medicamentos genéricos desde 2013. “A empresa está entre os maiores laboratórios em preferência prescritiva e, hoje, tem a inovação como principal foco de atuação e de investimento, destacando-se, neste sentido, com diversos e importantes produtos já disponibilizados ao mercado nacional”, destacou, em entrevista ao Guia da Farmácia, o vice-presidente da companhia, Marcus Sanchez.

Para 2022, os planos são arrojados e direcionados às novas demandas do mercado. “Continuaremos investindo nas nossas principais marcas e pipeline de produtos inovadores. Além disso, planejamos e estamos executando uma estratégia que prevê aporte de R$ 120 milhões em aceleração e transformação digital até o ano de 2024”, diz.

Acompanhe, a seguir, os principais momentos dessa entrevista.

• Hoje, quais são os principais carros-chefes da EMS no Brasil?
Marcus Sanchez • A empresa está entre os maiores laboratórios em preferência prescritiva e, hoje, tem a inovação como principal foco de atuação e de investimento, destacando-se, neste sentido, com diversos e importantes produtos já disponibilizados ao mercado nacional.

Podemos citar, entre outros, o Arpejo, voltado para esquizofrenia e transtorno afetivo bipolar, único aripiprazol em suspensão oleosa (em gotas) no mundo.

Além dele, temos o Bexai, primeiro anti-inflamatório com nanopartículas do Brasil. Também vale citar o Nivux, uma associação de nimesulida com pantoprazol. A formulação atua no combate à inflamação e na proteção gástrica simultaneamente, sendo que 100% do produto foi desenvolvido no Brasil, pelo Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da EMS e pela área de pesquisa clínica.

Também somos a farmacêutica com o maior portfólio do País de medicamentos imunossupressores, como o micofenolato de sódio, usado para combater a rejeição de órgãos transplantados, e a única farmacêutica da América Latina a exportar o imunossupressor ciclosporina microemulsão para a Europa.

Destaque, igualmente, para: Toragesic, um anti-inflamatório com ação analgésica, de formulação exclusiva desenvolvida pela EMS; Patz SL, líder na classe de indutores do sono no País; Esogastro IBP, para tratamento do H. pylori; e Condres (colágeno).

Em MIPs, temos o MultiGrip, a nossa maior marca nessa área; Bálsamo Bengué e Lacday, que é líder no mercado de produtos que combatem a intolerância à lactose. Outros produtos que merecem destaque são o polivitamínico Gerovital, o recém-lançado Sominex Melatonina e o Suplevit Mulher.

• Considerando as áreas de atuação nos segmentos de prescrição médica, genéricos, medicamentos de marca, Over The Counter (OTC) e hospitalar, quais desses braços têm mais crescido na EMS?
Sanchez • As áreas de Prescrição Médica e Genéricos são hoje as de maior crescimento na EMS. A de Prescrição apresentou um crescimento de 17% sobre o ano anterior. O avanço é, pelo sexto ano consecutivo, o maior do segmento de prescrições médicas entre os maiores laboratórios nacionais.

Para 2022, essa unidade projeta crescer 21%. Atualmente, a Prescrição Médica da EMS representa cerca de 40% do negócio total. Os genéricos também continuam sendo uma frente de atuação de grande importância e destaque em nossa empresa, com cerca de 30% de participação no nosso resultado e 19% de crescimento em faturamento em 2021 em relação a 2020. A área de Non-Retail (Hospitalar), por sua vez, teve um incremento de 18% em 2021.

• E como estão os investimentos em P&D?
Sanchez • Temos o mais moderno Centro de P&D da América Latina, com 600 pesquisadores, que recebe 6% do faturamento anual do laboratório em investimento. Mantemos também o laboratório de pesquisas MonteResearch, localizado na Itália, que trabalha em total sinergia com o nosso Centro de P&D no Brasil.

Em 2021, contabilizamos mais de 60 projetos de pesquisa clínica em desenvolvimento – 50% a mais que 2020. Entre 30% e 40% do portfólio desenvolvido pela EMS é focado, hoje, em inovação incremental.

Além de investir em pesquisas, entre 2012 e 2021, destinamos mais de R$ 1 bilhão para a modernização de plantas fabris no Brasil e aumento da capacidade de produção, que hoje é de mais de 1 bilhão de unidades (caixas) de medicamentos por ano.

• Quanto a empresa pretende crescer em 2022? Onde estarão concentradas as principais apostas da companhia?
Sanchez • A EMS fechou 2021 com faturamento de R$ 18,1 bilhões, um crescimento de 17% em relação ao ano anterior. Nossa expectativa para 2022 é de continuar crescendo dois dígitos, acima da média do mercado nacional. Seguiremos aumentando os aportes em P&D de ponta, em estudos clínicos, em inovação e em infraestrutura fabril.

Como dissemos, concluímos recentemente um investimento de mais de R$ 1 bilhão, que começou em 2012, com o objetivo de modernizar e ampliar as plantas fabris no Brasil e aumentar a capacidade de produção. Em 2022, também vamos destinar R$ 200 milhões para linhas de produção, atualização de tecnologia e maquinário.

Continuaremos investindo nas nossas principais marcas e pipeline de produtos inovadores. Além disso, planejamos e estamos executando uma estratégia que prevê aporte de R$ 120 milhões em aceleração e transformação digital até o ano de 2024.

Outra aposta para mantermos o crescimento e a ampliação do acesso da população à saúde se concentrará na fusão e aquisição de marcas e no licenciamento de novos produtos – especialmente do segmento de cardiometabólicos, respiratórios, antibióticos e oncológicos –, que devem representar 20% do faturamento da empresa em 2024 e serão principalmente voltados para as áreas de Prescrição Médica e Non-Retail.

• Com a pandemia, a EMS enxerga uma mudança dos brasileiros em relação ao uso de medicamentos? Se sim, quais as principais delas e como a empresa tem feito para se adaptar às novas demandas?
Sanchez • Com certeza, vivemos algumas tendências no consumo de medicamentos durante a pandemia.

Algumas das categorias que mais provocaram aumento na demanda por medicamentos foram, por exemplo, as de vitaminas, analgésicos e antialérgicos. Além delas, também houve aumento no uso de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), casos de ansiedade e depressão cresceram 25% neste período.

Anti-hipertensivos, medicamentos para colesterol, além daqueles voltados para o Sistema Nervoso Central (SNC) continuarão puxando o bom desempenho da indústria farmacêutica, pois as pessoas estão mais conscientes sobre os cuidados com a própria saúde.

Com isso, é provável que o mercado de medicamentos genéricos continue crescendo acima do mercado total, pois segue sendo o principal meio para a população garantir a adesão ao tratamento em um cenário de grande desemprego, inflação alta e menor renda.

• O mercado de vitaminas, de fato, se fortaleceu muito diante da pandemia. De que forma a EMS pretende se posicionar nesse segmento?
Sanchez • Esse é um mercado que movimenta bilhões de reais. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais (Abiad), o setor de suplementos e vitaminas deve movimentar em torno de R$ 3 bilhões neste ano, um incremento de 12% na comparação com 2021.

A EMS atua e quer se posicionar nestes segmentos como grande player, figurando sempre entre os líderes de vendas destas categorias, destinando constantes verbas de publicidade para promover esses produtos. A empresa conta com marcas sem tarja consagradas pela população, como Gerovital, Lacday, Suplevit Mulher, Sominex Melatonina e Energil C, entre outras.

• O mercado de genéricos é outra grande força dentro da farmacêutica. Quais foram as moléculas mais recentemente lançadas? Há previsão de novos lançamentos neste ano?
Sanchez • Em relação a este mercado, queremos destacar o grande lançamento da EMS de 2021, o primeiro genérico da rivaroxabana disponibilizado à população do País e também o primeiro genérico disponível a partir da anulação, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do Artigo 40 da Lei de Patentes, que permitia prazo indeterminado para patentes de medicamentos no Brasil.

Com a entrada da empresa nesse segmento, os preços do produto chegaram a cair 42%, permitindo que um número maior de pessoas tivesse acesso ao tratamento. Indicado para prevenção de Acidente Vascular Cerebral (AVC), trombose e embolia, o medicamento é o anticoagulante mais prescrito hoje por cardiologistas no território nacional.

Para 2022, estão previstos 12 lançamentos da unidade de Genéricos da EMS, complementando as linhas cardiológica, Sistema Nervoso Central (SNC), saúde feminina e masculina e MIPs.

• A EMS está há 16 anos na liderança da indústria farmacêutica. Como manter essa posição por tanto tempo?
Sanchez • A EMS tem um histórico de enxergar oportunidades nas dificuldades, de seguir investindo inclusive em momentos de crise e de buscar sempre estar preparada para atender à demanda do mercado farmacêutico nacional. Nesse sentido, continuamos realizando importantes investimentos – sendo que, hoje, a inovação é o nosso principal foco para permanecermos crescendo e lançando novas terapias.

Os aportes em inovação têm contribuído para a consolidação da companhia como uma farmacêutica que cuida e valoriza a vida das pessoas, pesquisa e desenvolve soluções inovadoras, acessíveis e de qualidade para todos.

Neste aspecto, a EMS vem atuando fortemente em quatro principais frentes: genéricos de alta complexidade; inovação incremental (novas associações e formas farmacêuticas); biotecnológicos (com a Bionovis, empresa de alta tecnologia na qual a EMS possui participação); e inovação disruptiva (radical), por meio da presença da EMS nos Estados Unidos.

Fomos a primeira companhia brasileira a apostar no mercado de inovação radical nos Estados Unidos, que é o país responsável por mais de 70% do desenvolvimento de medicamentos inovadores no mundo.

• E como está a agenda ESG da companhia? Quais as iniciativas mais relevantes em andamento?
Sanchez • É um ativo em constante evolução na empresa. Cada vez mais, ela é decisiva para os negócios e serve como termômetro de consciência coletiva, trazendo impacto para nossos colaboradores e agregando valor para nossos clientes.

No ramo em que atuamos, é vital nos aprofundarmos em uma agenda sustentável para nossas operações. Temos um compromisso sério com reciclagem e destinação correta dos resíduos gerados por nossas fábricas.

Mantemos, ainda, um forte histórico de investimentos na área de responsabilidade social pelo Brasil todo. Com a missão de cuidar de pessoas e com o compromisso de promover saúde em um país com tantas demandas sociais, a EMS procura dar acesso a mais qualidade de vida e bem-estar por diferentes caminhos, não só por meio de tratamentos: construindo e mantendo creche na comunidade, realizando projeto de aulas gratuitas de tênis para crianças carentes, qualificando professores da rede pública no Nordeste brasileiro, patrocinando a cultura (bienais, museus, concertos nacionais e internacionais, teatro, cinema), diversas modalidades esportivas e iniciativas em favor da preservação do meio ambiente.

Estamos inclusive empenhados, desde 2017, por meio de parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em erradicar do planeta a bouba: infecção de pele crônica e debilitante que, em casos mais graves, pode afetar ossos e articulações.

• Recentemente, a empresa anunciou o projeto Em Foco, voltado para o varejo farmacêutico. Explique o que é esse projeto e de que forma ele deve impactar o setor?
Sanchez • Trata-se de um projeto de capacitação de profissionais que trabalham em farmácias e que são clientes da unidade de negócios Genéricos da EMS. Por meio da Academia NC, uma plataforma digital de educação criada dentro da empresa, farmacêuticos e balconistas poderão acessar gratuitamente aulas técnico-científicas sobre o corpo humano, doenças e seus sintomas.

Os conteúdos serão preparados por médicos e disponibilizados em formatos de vídeos, podcasts e e-books. Serão, ao todo, nove temas que trarão aulas sobre o sistema cardiovascular, sistema nervoso, muscular, dermoepidérmico, gastrointestinal, entre outros. O projeto levará conhecimento para milhares de farmacêuticos que atuam em 80 mil farmácias do País.

• Quais os resultados esperados com o conteúdo que será replicado?
Sanchez • Com o projeto, esperamos contribuir para ampliar a adesão da população ao tratamento medicamentoso. Além disso, uma equipe capacitada consegue oferecer um atendimento diferenciado e personalizado ao consumidor, contribuindo para informá-lo e para que tome decisões mais conscientes em favor da própria saúde.

Pesquisas recentes demonstram que o farmacêutico tem o poder de influenciar a tomada de decisão de 58% da população. Além de valorizarmos esse profissional, vamos levar mais conteúdos de qualidade sobre saúde aos clientes de vários pontos de venda (PDV).

Fonte: https://guiadafarmacia.com.br/materia/ems-celebra-grandes-numeros/

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