Considerado um mercado resiliente, o setor de medicamentos demorou para sentir os impactos da crise financeira do País. Seus efeitos, contudo, já deverão ser notados neste ano, segundo Nelson Mussolini,presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos no Estado de São Paulo (Sindusfarma).
Para este ano, Mussolini prevê um crescimento “magro”, entre 7,5% e 8,5%, acompanhando a inflação. O setor registrou expansão acima de dois dígitos nos últimos cinco anos, segundo ele. No ano passado, a receita do setor foi de R$ 65,8 bilhões, aumento de 13,3% sobre 2013. No mesmo período, o faturamento das indústrias de genéricos foi de R$ 16,25 bilhões, crescimento de 18,5% sobre 2013.
Segundo Mussolini, o setor não tem conseguido repassar custos, que incluem os de mão de obra, por conta do dissídio da categoria, e não descarta que as indústrias possam demitir. Reajuste. No fim de março, o governo federal autorizou reajuste entre 5% e 7,7% para os remédios com preços controlados.
O reajuste alta concorrência, como os medicamentos genéricos, os fitoterápicos e homeopático e para cerca de 20 mil itens, como antibióticos, por exemplo. Produtos e não estão sujeitos aos valores determinados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Para esse grupo, o preço pode variar de acordo com a definição do fabricante. Em recente entrevista ao Estado, Mussolini disse que desde 2008, o reajuste de preços não é suficiente para repor as perdas do setor.
“A situação era administrável. Mas com o aumento do dólar sobre o real, da energia e a redução do mercado, o panorama mudou.” Ele cita ainda a negociação salarial com a categoria, prevista para os próximos meses,como outro fator que pode aumentar a pressão sobre os custos,fazendo com que a indústria venha a demitir.
Fonte: http://sindusfarma.org.br/cadastro/index.php/site/ap_imprensas/imprensa/701
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