Empresários passaram um ano e meio desenvolvendo o shoyu sem sódio e investiram R$ 1 milhão.
A hipertensão, mais conhecida como pressão alta, atinge 24% da população adulta que vive nas capitais do Brasil e no Distrito Federal, segundo levantamento do Ministério da Saúde. O consumo excessivo de sódio, presente no sal que usamos para cozinhar e em alimentos industrializados, pode agravar o diagnóstico. Uma startup de São Paulo trouxe para o Brasil um salgante sem sódio, que ajuda muita gente que sofre de hipertensão, que pode causar doenças cardiovasculares, AVC e lesões renais.
Este ano, a empresa ampliou os negócios e lançou o shoyu sem sódio, o molho de soja muito usado na culinária oriental.
O empresário Rodrigo Ribeiro é um dos sócios do negócio. Ele trabalhou por muito tempo como consultor e no ano passado decidiu criar uma startup com mais dois sócios para atuar na área de alimentação, as chamadas foodthecs.
O primeiro produto que criaram foi um salgante sem sódio. “A gente foi pesquisar o que tinha fora do Brasil e encontramos a alternativa que é o primeiro sal 100% sem sódio. Ele tem diferença de sabor, mas é sutil. O salgante tem três apresentações diferentes e os preços nos pontos de vendas variam de R$ 9.90 a R$ 29. Você encontra em farmácias, lojas de varejo alimentar e alimentação saudável”, explica Rodrigo.
Os sócios também fizeram parceira com uma família japonesa que produz shoyu no interior de São Paul e que já usava uma fórmula com menos sal. Eles passaram um ano e meio desenvolvendo o shoyu sem sódio e investiram R$ 1 milhão. “Usamos todos ingredientes autorizados pela Anvisa, que são referência no mundo da alimentação. A gente é preocupado. É baseado e cloreto de potássio. O sal é cloreto de sódio e o cloreto de potássio é extraído de minas. A gente usa essa fonte de minério como substituo ao cloreto de sódio”, afirma o empresário.
O médico Marcelo Franken, gerente do programa de cardiologia do Hospital Albert Einsten diz que a substituição do sódio pelo cloreto de potássio é indicada, mas tem uma restrição: “O potássio pode diminuir a pressão arterial, mas tem que ter cuidado e em pessoas com insuficiência renal o consumo de potássio tem que ser com moderação”.
A startup já distribui o shoyu sem sódio em supermercados e lojas de produtos naturais de 15 estados e o valor varia de R$ 30 a R$ 40. A empresa não revela o faturamento.
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