A venda de ações da Cimed estaria em fase avançada de negociações. O GIC Private Limited, fundo soberano de Singapura e com portfólio global estimado em US$ 769 bilhões, seria o favorito para a compra de uma fatia minoritária da farmacêutica brasileira. As informações apuradas pelo Pipeline, no entanto, apontam que o preço ainda seria um dos impasses para concretizar a operação.

Desde o segundo semestre do ano passado, o J.P. Morgan está assessorando a Cimed na prospecção de investidores e teria avaliado a empresa em quase 25 vezes o Ebitda. Com base nessa projeção, a farmacêutica teria um valor de mercado em torno de R$ 13 bilhões a R$ 14 bilhões.

Outros sete investidores institucionais teriam sido consultados e chegaram a estudar a transação – Advent, Bain, BW, CPPIB, CVC Capital, General Atlantic (acionista da Pague Menos) e Itaúsa.

A acionista Mariana Marques, irmão do CEO João Adibe, estaria disposta a se desfazer dos 6% que detém na companhia. A outra irmã, Karla Marques, venderia parte dos seus 30%, mas com planos de se manter como acionista e participar ativamente da gestão.

Ações da Cimed poderiam acelerar expansão da farmacêutica

Coincidência ou não, a notícia sobre uma possível venda de ações da Cimed surgiu dias após o presidente  anunciar que os investimentos da farmacêutica brasileira somarão R$ 3,5 bilhões nos próximos cinco anos.

O aporte incluiria R$ 2 bilhões em aumento da capacidade produtiva e R$ 1,5 bi em campanhas de marketing. Nas palavras do próprio empresário, a meta é se tornar a “Procter & Gamble brasileira”, reforçando participação na categoria de bens de consumo.

A companhia mira um faturamento de R$ 5 bilhões em 2025 e pretende dobrar esse montante até 2030. Em cinco anos, a Cimed também prevê a capacidade de produção para 100 milhões de unidades ao mês. Hoje o patamar chega a 50 milhões nas duas plantas baseadas em Pouso Alegre (MG).

Desse volume, 60% abrange medicamentos genéricos e os outros 40% correspondem a bens de consumo, incluindo carros-chefes como a linha Lavitan e os hidratantes labiais da Carmed. A empresa ainda estaria de olho na comercialização de uma versão genérica do Ozempic, cuja patente expira em 2026.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/venda-de-acoes-da-cimed-tem-negociacao-avancada/

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