O diretor financeiro da Natura &Co, Guilherme Castellan, afirma que a companhia “acredita na Avon”, o que a leva a apoiar o pedido de proteção de credores, mas “os méritos de uma separação também são claros”, o que pode sustentar o retorno de estudos para uma eventual cisão. A companhia promoveu, nessa terça-feira (13), teleconferência de resultado do segundo trimestre.
A Avon Products Inc. (API), subsidiária não operacional da Natura e holding da marca de beleza nos EUA, entrou, na segunda-feira (12), com pedido de proteção aos credores (Chapter 11) na Justiça de Delaware. O grupo brasileiro pretende fazer uma oferta no processo de recuperação judicial pelos ativos operacionais da marca, no valor de US$ 125 milhões.
Guilherme Castellan destacou que a Avon registrou bom desempenho na divisão de negócios da América Latina, o que pode se replicar na divisão da Avon Internacional. Essa possibilidade, portanto, indica um avanço de operações que ainda pode ser capturado pela holding. “Existe potencial para a marca fora da América Latina, por isso estamos entrando com valor de compra no chapter 11”, afirmou o executivo.
A Avon Internacional registrou receita de R$ 1,42 bilhão no segundo trimestre deste ano, o que representa queda de 5,5% em relação ao mesmo período de 2023. O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 39,3 milhões, piora de 63,4% ante o segundo trimestre do ano passado.
Os executivos destacam que a Avon Internacional tem centrado esforços para melhorar as operações em cerca de 12 dos 37 mercados globais em que atua. Dentre os destaques positivos, estão as operações na Romênia e também na Turquia, onde o modelo de omnicanalidade já representa um aumento de rentabilidade.
A Natura &Co registrou prejuízo de R$ 858,9 milhões no segundo trimestre deste ano, piora de 17,3% ante o mesmo intervalo de 2023. A receita cresceu 5,4% no comparativo anual, para R$ 6,97 bilhões.
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