A multinacional americana de cosméticos Avon espera um impacto negativo de 0,5 ponto percentual na margem operacional ajustada de 2015, devido à nova lei de Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) sobre cosméticos no Brasil, efetiva a partir de maio. A estimativa foi publicada no relatório de resultados do primeiro trimestre, divulgado nesta quinta-feira.
Em janeiro, o governo federal publicou decreto equiparando estabelecimentos atacadistas a estabelecimentos industriais para efeito de incidência de IPI sobre cosméticos. A medida faz parte dos esforços para aumentar a arrecadação de receitas e viabilizar um ajuste nas contas públicas a partir de 2015.
A fabricante americana de cosméticos gera cerca de 20% de suas receitas no Brasil e faturou 17% menos no país de janeiro a março, na comparação com igual período de 2014, afetada pela variação cambial e pelos gastos com publicidade.
Segundo a Avon, em dólar constante, as vendas de produtos de beleza no país cresceram, principalmente por conta do lançamento de produtos. No entanto, “o mercado continua a ser afetado pelo ambiente econômico difícil e pelos altos níveis de concorrência”.
A Avon registrou prejuízo liquido de US$ 146 milhões no trimestre, 12,5% menor que as perdas de US$ 167 milhões um ano antes. A receita líquida caiu 18%, para US$ 1,8 bilhão. A empresa considerou o resultado em linha com as expectativas, apesar de pressões cambiais acima do previsto.
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