A Natura comunicou ontem que fará um reajuste de 3,7% nos preços de produtos do seu portfólio de higiene e beleza. O aumento dos preços deve ser feito no final de fevereiro, de acordo com o vice-presidente de finanças e relações com investidores, Roberto Pedote.
Segundo ele, um novo reajuste deve ser realizado no segundo semestre de 2015, mas ainda não há expectativa da dimensão da alta nos preços. “Isso vai depender da inflação. Vamos estudar a situação nos próximos dois meses”, disse em teleconferência com jornalistas.
Roberto Pedote avaliou ainda que a recente mudança na tributação do setor pode prejudicar a demanda do setor e favorecer as vendas de produtos importados.
No mês passado, o governo equiparou a incidência do IPI da indústria e distribuidores em várias categorias de cosméticos e produtos de higiene. “O aumento é ruim para a categoria como um todo”, disse Pedote.
A Natura teve lucro líquido consolidado de R$ 225,2 milhões no quarto trimestre, uma queda de 23,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre janeiro e dezembro de 2014, a empresa teve lucro líquido consolidado de R$ 732,8 milhoes, recuo de 13% sobre um ano antes.
Entre outubro e dezembro a companhia obteve receita líquida de R$ 2,18 bilhões, alta de 0,8% sobre um ano antes. No ano a receita líquida foi de R$ 7,4 bilhões, alta de 5,7%.
Em relatório, a companhia destaca que no Brasil houve uma retração de 3,5% na receita líquida do quarto trimestre quando comparado ao mesmo período de 2013 enquanto a base de consultoras cresceu 3,2%. No entanto, a produtividade das consultoras caiu 6,2%. “Embora os recentes lançamentos em perfumaria apresentaram resultados favoráveis, não foram suficientes para alavancar o crescimento da produtividade de nossas consultoras. No período, a diferença de mix entre os anos, especialmente pelo lançamento de SOU em 2013, provocou a queda de 18,4% do volume (unidade de revenda), que foi parcialmente compensada pelo aumento do preço médio”.
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