Alta da demanda por itens de higiene e cuidados pessoais durante a pandemia levou as fábricas da companhia a baterem recorde de produção.
Em entrevista ao Brazil Beauty News em agosto, o vice-presidente de vendas do Grupo Boticário André Farber comentou que, com a chegada da Covid-19 e o fechamento temporário de todas as lojas da rede, qualquer expectativa para 2020 teria que ser revista. Um mês depois, em setembro, as fábricas do Grupo Boticário na Bahia e no Paraná anunciaram ter batido recorde de produção em um trimestre. Desde a fundação da marca O Boticário, há mais de 40 anos, nunca a empresa havia produzido tanto.
“O ano foi de fato muito atípico. O que a gente previa para 2020 mudou muito ao longo dos últimos meses, o que mostra que nossa dedicação e o caminho traçado pelos times deu certo”, diz Sérgio Sampaio, diretor geral de operações do Grupo Boticário. “Soubemos atuar desde o começo da pandemia para dirigir o nosso negócio e reduzir os impactos por ela causados, não deixando nos guiar pela crise. Isso nos permitiu atingir esse recorde, que nos orgulha muito”.
Maior volume registrado em um trimestre
Comparando a produção de janeiro-fevereiro-março de 2020 (antes de decretada a quarentena), a produção de julho-agosto-setembro subiu 8,98%, representando o maior volume registrado em um trimestre. A marca histórica foi impulsionada pelo crescimento da procura por produtos de higiene e cuidados pessoais, especialmente pela categoria de cremes, que teve aumento de 14,5% no período. Sabonetes líquidos e xampus também impactaram neste recorde.
“No início da pandemia, a busca dos consumidores foi por itens de higiene essenciais, como álcool em gel e sabonetes antibacterianos. Depois, vimos algumas outras categorias ganharem força, como Cabelos e Cuidados”, afirma Sampaio. “Com pouco acesso a serviço profissionais, a tendência do ‘faça você mesmo’ ganhou muita força. É uma questão de indulgência, do se cuidar. As pessoas ficaram em casa, mas queriam estar bem com elas mesmas”.
Para atender a essa alta demanda em meio ao ápice da crise da Covid-19 no Brasil, o Grupo Boticário precisou se readaptar. “Desde o primeiro momento, não medimos esforços para oferecer condições ideais de trabalho, colocando todo o nosso público corporativo em trabalho remoto e reorganizando as áreas de adensamento da companhia, para que aqueles que tivessem que estar em seus postos, pudessem fazer isso com segurança”, diz o executivo. “Em relação às fábricas, reduzimos drasticamente a produção, mantendo apenas as linhas de itens como álcool gel e sabonetes. Com a reabertura do comércio, nossas plantas retomaram aos poucos e, para garantir a saúde de todos, ampliamos os turnos dos funcionários de três para quatro, reduzindo assim o número de pessoas dentro da fábrica simultaneamente”, ele acrescenta.
Novo centro de distribuição
O grupo também se viu na necessidade de inaugurar mais um centro de distribuição para conseguir absorver o aumento de volume e escoar a produção. “O novo centro de distribuição na cidade de Campina Grande do Sul, no Paraná, vai nos auxiliar muito”, declara o diretor de operações. Ele será responsável pela logística de entrega do e-commerce de O Boticário, Eudora e Quem Disse, Berenice? em diferentes regiões do país.
Apesar dos imensos desafios impostos pela Covid-19, Sampaio comemora as conquistas deste ano e se diz otimista com o próximo. “O trabalho que estamos desempenhando tem nos permitido fechar 2020 de uma forma muito positiva e acreditar que 2021 será melhor do que prevíamos no início dessa crise”, finaliza.
Fonte: https://www.brazilbeautynews.com/2021-sera-melhor-do-que-previamos-afirma-sergio,3869
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