De olho no mercado internacional, marcas nacionais ampliaram no ano passado a expansão de suas franquias para outros países. Foram 163 redes operando em 107 países, o que representa um aumento de 12,4% em relação ao ano anterior, segundo estudo da Associação Brasileira de Franchising (ABF) em parceria com a Apex Brasil.

Se contados os últimos dez anos, o setor mostra crescimento constante – em 2000 eram 15 franqueadoras brasileiras no exterior, em 2010 somavam 65. De acordo com o presidente da ABF, André Friedheim, o aumento está relacionado não só ao sucesso das marcas nacionais lá fora, mas também ao amadurecimento das franquias. “Os franqueadores brasileiros estão mais maduros, estruturados, mais capitalizados. Ganharam experiência, porte e relevância no franqueamento nacional. Isso ajuda na expansão internacional.”

A captura de novos mercados, o desejo de aumentar o valor da marca e a saturação do mercado nacional são alguns dos fatores apontados por franqueadores que optaram pela internacionalização, além de poderem explorar mercados que não oferecem determinado produto ou serviço.

Entre os segmentos mais representativos, segundo o estudo, estão moda, em primeiro lugar, com 35 marcas; saúde, beleza e bem-estar, na sequência, com 32; e alimentação, com 25. Entre os destinos, os Estados Unidos seguem em primeiro lugar na preferência das empresas, com 67 redes brasileiras. Portugal vem em segundo, com 44, e Paraguai em terceiro, com 36.

A marca baiana de cosméticos e bem-estar Avatim resolveu apostar no mercado europeu e começou o plano de internacionalização em 2017, com a instalação de uma distribuidora no continente, focada em Espanha e Portugal. No segundo semestre deste ano, a marca, que tem 154 unidades no Brasil, deve inaugurar sua primeira franquia em Madri e outras cinco no México.

A sócia-fundadora Mônica Burgos explica que a estratégia mira os concorrentes, que priorizam matéria-prima de origem oriental, francesa ou africana, como o karitê. Já a Avatim utiliza produtos originários da Amazônia, como cupuaçu. “A Europa não tem marca produzindo com ativos amazônicos”, conta Mônica.

Fonte: https://cosmeticinnovation.com.br/marcas-nacionais-ampliam-expansao-com-franquia-no-exterior/

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