A fabricante de cosméticos Coty Inc. elevou sua previsão de lucro para o ano inteiro graças a resiliência da demanda por suas fragrâncias e produtos de cuidados com a pele de luxo, apesar de a inflação ter disparado em vários países.
A demanda por produtos de luxo foi mantida, já que o aumento dos preços dos produtos básicos do dia-a-dia não afetou o poder de compra das pessoas ricas, mostraram atualizações financeiras de empresas como o grupo de cosméticos L’Oréal e a fabricante de artigos de couro Hermès.
A receita da divisão de luxo da Coty, que contempla cosméticos e fragrâncias das marcas Hugo Boss, Gucci e Burberry, aumentou 21% para 726,4 milhões de dólares no terceiro trimestre, encerrado em 31 de março.
“As marcas de prestígio (da Coty) estão experimentando um crescimento fenomenal, o que significa que a confiança do consumidor para comprar nossas marcas está intacta”, disse a CEO da companhia, Sue Nabi, à Reuters.
A receita global da empresa no terceiro trimestre aumentou 15%, para 1,19 bilhão de dólares, superando as estimativas de 1,15 bilhão de dólares, segundo dados IBES da Refinitiv.
A fabricante de cosméticos CoverGirl também elevou sua previsão de lucro por ação ajustado para o ano fiscal de 2022 para 23-27 centavos, ante uma faixa anterior de 22-26 centavos.
Isso contrasta com a decisão da rival Estée Lauder de reduzir sua previsão de lucro devido, em parte, à perda de vendas devido aos confinamentos relacionados à pandemia na China, que representam 36% de seus negócios globais.
No ano passado, a Coty realizou apenas 4% de suas vendas da China, embora atualmente esteja investindo no crescimento de suas marcas no país e considere isso uma “prioridade absoluta”.
A previsão implícita da Coty para o quarto trimestre é de uma perda por ação entre 1 e 5 centavos, de acordo com cálculos da Reuters, enquanto a empresa lida com o impacto da inflação das matérias-primas, o conflito na Ucrânia e as restrições para conter a Covid-19 na China.
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