A Comissão Europeia aprovou nesta segunda-feira a aquisição da americana Avon pela Natura, após concluir que não haverá problemas de concorrência no mercado europeu. Com o sinal verde, o negócio pode avançar para criar a líder global em vendas diretas.
Bruxelas reconheceu que as atividades das empresas coincidem em várias categorias de produtos de beleza e cuidado pessoal. No entanto, disse que o negócio vai resultar em aumento “moderado” da participação de mercado na Europa. Segundo a Comissão Europeia, a combinação das posições de mercado das duas empresas serão “limitadas” nos mercados afetados.
A Natura anunciou a aquisição da Avon em maio deste ano. Os acionistas da companhia brasileira terão 76% da nova companhia e os da Avon, 24%. Além disso, os portadores de ações preferenciais série C da empresa americana terão o direito de receber até US$ 530 milhões.
Essa nova empresa passa a ter a presença em 100 países e a operação internacional responderá por quase 70% da receita bruta combinada de mais de US$ 10 bilhões. Além de Brasil, México passa a ter um papel relevante nessa composição.
Com a aquisição, a Natura quer acelerar o seu processo de internacionalização e aumentar a sua rentabilidade no médio prazo. A expectativa é que os ganhos de sinergia esperados, de US$ 150 milhões a US$ 250 milhões, sejam alcançados em até 36 meses após a conclusão da operação, prevista para o início de 2020.
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