A Hinode decidiu abrir seu comércio eletrônico no México, de olho no potencial de avanço de vendas digitais por lá. Antes, as vendas online só aconteciam no Brasil. Em 2021, o e-commerce da empresa de cosméticos recebeu, em média, 2 mil pedidos mensais e ultrapassou ou R$ 3 milhões em vendas, 30% a mais do que no ano anterior. Para 2022, a expectativa é de que o México represente 10% do faturamento do e-commerce da companhia.

 
A estratégia da empresa multinível é não tirar os revendedores da jogada com o avanço digital, já que depende da entrada de novos consultores para manter seu modelo de negócios. Assim, a companhia tem buscado capacitar os revendedores para que façam a divulgação digital dos produtos. O mecanismo é o seguinte: quando um cliente faz uma compra digital na Hinode por meio do link enviado pelo revendedor, o profissional recebe 30% da venda em comissão.

Fortalecimento da marca 
No entanto, se o cliente acessa voluntariamente a plataforma, por meio de um buscador, por exemplo, a empresa paga 10% de comissão ao revendedor da região na qual a compra aconteceu. Para isso, é usada uma tecnologia de georreferenciamento. A lógica é que a presença do vendedor naquela região fortaleceu a marca e fez com que o cliente buscasse por ela na internet.

No Brasil, 50% das vendas digitais de 2021 foram feitas por meio dos links dos consultores. Para o México, a proposta de remuneração pelas vendas digitais é a mesma. O novo e-commerce tem mais de 120 produtos com os mesmos preços do catálogo físico. A operação começou em 12 de fevereiro e é a primeira loja virtual fora do Brasil.

O país foi escolhido por ser o segundo mercado da América Latina em usuários ativos na internet e pelo fato de a empresa enxergar potencial de crescimento da marca, que está em território mexicano desde dezembro de 2019. A previsão é que a Hinode implemente a venda online nos outros países em que atua – Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru – até o fim do ano.

“Inevitável”
Ronie Piovezan, diretor comercial do Grupo Hinode, afirma que o momento não é dos mais favoráveis economicamente na América Latina. Porém, uma vez que a companhia decidiu avançar para o México e outros países anos atrás, a evolução digital é inevitável para quem quer crescer na região.

No Brasil, a marca avalia entrar com lojas oficiais em marketplaces, como forma de complementar seu negócio. Os produtos da companhia já estão nesses ambientes via consultores que têm lojas virtuais. No entanto, Piovesan diz estar em conversas com os principais nomes desse segmento para marcar presença oficial nessas plataformas de alto tráfego.

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Fonte: https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/hinode-estreia-e-commerce-no-exterior-em-operacao-no-mexico/

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