Nos primeiros seis meses do seu exercício de 2022, a Interparfums registou um volume e negócios de 318,7 milhões de euros. O grupo francês especializado na criação de perfumes sob licença registou assim um aumento de 19,7% em moedas correntes em relação ao exercício anterior, mas poderia ter apresentado melhor desempenho com uma situação económica mais favorável.

Philippe Benacin, CEO da Interparfums, explica: “O período continua marcado pela guerra na Ucrânia, mas também por interrupções na supply chain. Os prazos de aprovisionamento podem agora chegar a 15 meses em alguns componentes. Também importa destacar a escassez de mão de obra entre os nossos parceiros industriais. No grupo Pochet, três das quinze linhas não estão a funcionar porque não há trabalhadores, e a empresa está mesmo a ponderar o recrutamento no estrangeiro.” O responsável salienta que esta situação gerou uma perda de volume de negócios no período na ordem dos 25 milhões de euros.
 
O grupo, que apresentou os resultados na terça-feira, 19 de julho, pela primeira vez na sua nova sede no número 10 da rue de Solférino, em Paris, que abrigava a antiga sede do Partido Socialista, antecipa agora um volume de negócios anual entre 630 e 640 milhões de euros.

Com um volume de negócios de 87 milhões de euros, com um aumento de 25%, a Montblanc continua a ser a marca líder no portefólio da Interparfums e responde por 27% da atividade do grupo. Segue-se a Jimmy Choo, cujas vendas ascenderam a 70 milhões de euros, com um aumento de 17%, e a Coach, com um aumento de 29% para 67,6 milhões de euros.
 
A Moncler, para a qual a Interparfums adquiriu a licença de perfumes em 2020, acaba de iniciar a sua implantação e gera um volume de negócios de 8,4 milhões de euros. Philippe Benacin indica: “A marca está presente em 1000 pontos de venda, um parque que deverá duplicar até ao final do ano. Eventualmente, chegaremos aos 7000 pontos de venda.” 

Além disso, a Interparfums e a Repetto rescindirão a 28 de setembro o contrato de licença de perfumes que as une desde dezembro de 2011.

Fora de França, o desenvolvimento dos perfumes Montblanc, Jimmy Choo e Rochas foi muito forte na Europa Ocidental, que viu as suas vendas saltarem 45% para 55,1 milhões de euros. França, por sua vez, registou um crescimento de 16% para 19,3 milhões de euros no período graças aos perfumes Rochas e Boucheron.
 
A região da América do Norte, num mercado de perfumaria e cosmética ainda dinâmico, registou um desempenho contrastante, com o volume de negócios a subir 9% para 110,7 milhões de euros, mas manteve-se a principal zona de atividade do grupo. A Ásia viu as suas vendas saltarem 30% para 54,9 milhões de euros. Na China, as vendas cresceram 45%, com destaque para a Coach, que em breve poderá tornar-se a primeira marca do grupo no país. A América do Sul registou um crescimento de 33% para 28,3 milhões de euros e o Médio Oriente de 39% para 28,9 milhões de euros.
 
A guerra na Ucrânia pesou obviamente na atividade na Europa de Leste, que registou uma queda de 17% para 19,4 milhões de euros. “As vendas no mercado russo caíram 50% no semestre, representando apenas 2,6% do volume de negócios total da empresa”, especifica o grupo.
 
A Interparfums publicará os resultados do primeiro semestre de 2022 a 9 de setembro.

Fonte: https://pt.fashionnetwork.com/news/Interparfums-encerra-primeiro-semestre-com-vendas-em-alta-de-19-7-,1425776.html

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