No primeiro semestre de 2021, o grupo francês Interparfums, especializado na criação de perfumes sob licença, registrou um volume de negócios de 101,3 milhões de euros na América do Norte (de um total de 266,3 milhões de euros), um aumento de 54% face ao primeiro semestre de 2019. Um período que oferece uma melhor base de comparação, já que o primeiro semestre de 2020, no qual a Interparfums atingiu vendas na ordem dos 41,6 milhões de euros, foi fortemente marcado pela crise sanitária e pelo fechamento de lojas.

Destacando que a filial americana da empresa vive um crescimento excecional de 68%, Philippe Benacin, CEO da Interparfums explicou: “Os Estados Unidos são um mercado impulsionador no geral, e não só para o nosso grupo. O mercado dos perfumes e cosméticos cresceu 35%”.

Do lado da Interparfums, este desempenho no outro lado do Atlântico pode ser explicado em parte pela atividade sustentada dos três líderes do portfólio de marcas do grupo: Montblanc, que no período viu as suas vendas mundiais atingirem 69,4 milhões de euros, Jimmy Choo, que saltou 30% para 60,1 milhões de euros face ao primeiro semestre de 2019, e Coach, que, com vendas de 52,3 milhões de euros, assinalou um crescimento de 25%.

Nos Estados Unidos, a Jimmy Choo também tem apresentado o melhor crescimento, graças ao lançamento do perfume I want Choo, que chegou a esgotar em alguns pontos de venda. No primeiro semestre de 2021, a América do Norte respondeu assim por 38% das vendas globais da Interparfums, à frente da Ásia (16%) e da Europa Ocidental (14%). A França respondeu, por sua vez, por 8% das vendas do grupo.

No primeiro semestre de 2021 a Interparfums atingiu um volume de negócios de 266,3 milhões de euros, um aumento de 11,7% face ao primeiro semestre de 2019. O resultado líquido atingiu 45,7 milhões de euros face a 27,2 milhões de euros no mesmo período em 2019.

Por último, o resultado operacional da Interparfums foi de 65,5 milhões de euros, um aumento de 67% em relação ao primeiro semestre de 2019. A margem operacional foi excepcional, 24,7%. No entanto, para o conjunto do ano, esta última deverá ser de 15%, semelhante ao nível de 2019, devido a despesas de marketing e publicidade mais sustentadas, nomeadamente com o lançamento dos perfumes Moncler.

A Interparfums antecipa um segundo semestre mais complicado devido às tensões na cadeia se suprimentos relacionadas ao aumento dos custos das matérias-primas e problemas de transporte. Philippe Benacin explicou: “O baixo nível de estoque de produtos acabados e a lentidão na cadeia de suprimentos não nos permitem entregar corretamente aos nossos parceiros, situação que perdura desde maio e que poderá continuar até o início de 2022.”

Fonte: https://br.fashionnetwork.com/news/Interparfums-primeiro-semestre-impulsionado-pelos-estados-unidos,1332446.html

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