A Lojas Renner, maior varejista de moda do Brasil e com unidades na Argentina e no Uruguai, completou nesta quarta-feira (1º de julho), 15 anos como corporação e também de listagem no Novo Mercado, o mais alto nível de governança da B3. A companhia foi a primeira no país a operar sob este modelo pulverizado, no qual a totalidade das ações é negociada em bolsa, sem existir nenhum acionista controlador. Neste período, viu seu valor de mercado crescer mais de 4.400%, passando de R$ 900 milhões em 2005 para R$ 33 bilhões atualmente.
Nessa década e meia, o número de acionistas avançou de 800 para 104 mil, com cerca de 100 mil pessoas físicas. Nesse período, já foram distribuídos R$ 3 bilhões em dividendos. Muitos dos investidores são os próprios clientes da empresa. Neste mês de junho, em meio aos desafios impostos pela Covid-19, a Companhia ganhou 11 mil novos acionistas, ante uma média mensal de cinco mil nos períodos anteriores à pandemia.
“Transparência, pioneirismo, inovação e sustentabilidade são os pilares que nos conduziram até aqui e que, aliados à consolidação do nosso processo de transformação digital, irão nos guiar para o futuro, sempre orientados para o encantamento de todos os públicos com os quais nos relacionamos: clientes, colaboradores, fornecedores, comunidades e investidores”, afirma o diretor presidente da Lojas Renner, Fabio Faccio.
A comemoração do 15º aniversário da Companhia como corporação foi feita na manhã desta quarta-feira em evento virtual da B3. “É um orgulho para nós comemorar com a Lojas Renner mais uma etapa da sua jornada com o mercado de capitais brasileiro. São 15 anos de evolução, de eficiência, e, ultimamente, também de resiliência”, diz o presidente da B3, Gilson Finkelsztain. Para ele, o conceito de corporation, introduzido no país pela varejista de moda, é “um marco importante em relação à governança e à boa gestão, que privilegia a transparência e a liquidez aos investidores minoritários”.
O presidente do Conselho de Administração da Lojas Renner, José Galló, que ocupava a presidência da Companhia em 2005, destaca que a criação da primeira corporation do Brasil exigiu um imenso trabalho colaborativo. “Na época não havia nenhuma legislação a respeito no país, nenhuma referência. Foi um feito memorável que só foi possível pelo grande interesse da empresa e de diferentes agentes, como a CVM e a B3, em dar continuidade à evolução do mercado de capitais brasileiro”, conta.
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