A filial da Episkin, subsidiária da L’Oréal, inaugurou 09 de setembro de 2019 o primeiro laboratório de bioengenharia de tecidos do Brasil, que vai disponibilizar pele reconstruída para testes de produtos. Localizada no campus da Ilha do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a unidade é a terceira a entrar em operação no mundo, juntando-se à de Lyon, na França, e à de Xangai, na China.
A implementação do modelo de pele reconstruída da L’Oréal no Brasil começou em 2016, em colaboração com o Instituto D’Or. “A diferença é que agora este modelo está disponível para as comunidades científicas brasileiras e latino-americanas e para quaisquer empresas interessadas, a fim de estimular o uso de métodos alternativos”, informou Rodrigo De Vecchi, diretor-presidente da Episkin Brasil. Segundo De Vecchi, uma das principais vantagens desse modelo é o alto nível de reprodutibilidade, uma vez que ele é histologicamente semelhante à epiderme humana in vivo.
Os tecidos são recriados a partir de fragmentos de pele descartados em cirurgias plásticas. O material, cedido com autorização do paciente, vai para o laboratório, onde são extraídos os queratinócitos. Essas células são cultivadas em placas de cultura e, após 17 dias em contato com o ar, se proliferam, formando múltiplas camadas.
O laboratório irá produzir a epiderme, utilizada em testes para avaliação de segurança de produtos cosméticos. Os modelos da Episkin são os únicos validados e recomendados pela Organização para a Cooperação do desenvolvimento Econômico (OECD) e aceitos no mundo todo.
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