Engenheiros da Natura &Co estão fazendo cálculos sobre os ganhos de transferir toda a produção de itens de maquiagem da Natura para o parque fabril da Avon. Depois de concluir a compra da Avon Products em 3 de janeiro, a Natura &Co avança na integração das operações que pode gerar sinergias de até US$ 900 milhões no período três anos.
João Paulo F, presidente da Natura &Co para a América Latina, disse na sexta-feira que esta é uma possibilidade que está sendo estudada, mas que os detalhes serão apresentados em uma reunião com os investidores em abril.
Depois da transação, a fabricante brasileira tornou-se líder na categoria de maquiagem para olhos, lábios e rosto no Brasil. O vice-líder é o Grupo Boticário, que comprou a Vult Cosmética em 2018.
No decorrer deste mês, a Natura &Co fez mudanças no segundo escalão da companhia. No comando da Avon Brasil saiu José Vicente Marino e entrou Daniel Silveira, executivo que está há 20 anos na Natura.
Ainda a respeito da integração, o executivo reafirmou que iniciará a fabricação de produtos da marca Natura na unidade da Avon no México. “Também estamos fazendo as categorias levaremos.” A Avon ainda tem fábricas na Argentina, Polônia e Filipinas.
Cenário econômico
Durante evento realizado na Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) na sexta-feira, Ferreira disse que o cenário de expansão da economia global para 2020 ainda não está muito claro devido aos eventos recentes do coronavírus na China e da saída do Reino Unido da União Europeia.
“Os chineses fazem muitas compras enquanto viajam e a epidemia [do vírus] deixa os mercados em alerta, especialmente o de luxo”, disse o executivo. Hong Kong é um território importante para as vendas da rede The Body Shop, que durante o terceiro trimestre foi prejudicada devido a uma série de protestos.
Sobre o Brasil, Ferreira afirmou que o “cenário é desafiador, mas tem um otimismo cauteloso porque ocupação e geração de renda são importantes para aumentar o nível de consumo no país”.
A Natura &Co acompanha a valorização do dólar em relação ao real. Mas o peso do Brasil na receita total agora é menor do que no passado – cerca de 30%, disse o executivo. Ele observou que no país há muitos fornecedores locais e que parte da produção também é exportada, o que favorece as vendas da empresa.
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