A fabricante de cosméticos Natura &Co vê oportunidade para expandir as vendas diretas da varejista britânica The Body Shop, comprada da L’Oréal em 2017, para outros países. Atualmente, as atividades estão restritas ao Reino Unido e à Austrália.
“Este é um bom complemento para a rede de lojas. No evento de dia do investidor, daremos mais detalhes sobre este plano”, disse Roberto Marques, presidente executivo do conselho de administração da Natura &Co, em teleconferência com analistas nesta sexta-feira sobre os resultados do quarto trimestre de 2019, divulgados na véspera.
Marques comentou que a Natura &Co, que também controla as marcas Avon, Natura e Aesop, está “muito animada com os produtos e margens” da varejista de cosméticos.
A margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustada em 2019 ficou em 11,3%, sendo que antes da aquisição estava em 8%.
“[A rede] The Body Shop traz um grande valor para a Natura &Co e ainda projetamos melhorias na margem, além de analisar os impactos comerciais e de vendas decorrentes do coronavírus”, afirmou o presidente executivo do conselho.
Em 2019, a receita líquida da varejista de cosméticos cresceu 6,3%, atingindo R$ 4,12 bilhões. No quarto trimestre, somou R$ 1,43 bilhão, um avanço de 6,7%. Em moeda constante, houve queda de 1,2% devido ao fechamento de 24 lojas e a desaceleração das vendas em Hong Kong.
osé Filippo, diretor financeiro da Natura &Co, disse que, excluindo Hong Kong, a receita líquida teria crescido 0,4% em moeda constante, com destaque para Austrália (14%) e Reino Unido (5,4%).
Segundo Filippo, as despesas com a reestruturação da rede foram de R$ 51,5 milhões no ano e de R$ 18,7 milhões entre outubro e dezembro. A baixa contábil no ano foi de R$ 15,9 milhões.
“Ficamos satisfeitos com os resultados da The Body Shop. Houve o fechamento de 24 lojas próprias no ano, mas abrimos 20 unidades nos últimos 12 meses, sendo 7 no quarto trimestre”, afirmou o diretor.
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