A Natura &Co deve reportar resultados financeiros mais favoráveis no primeiro trimestre deste ano, comparado aos registrados no mesmo intervalo de 2023, com a normalização de prazos de entrega de Natura e Avon, boas perspectivas para a integração logística entre as duas marcas e ganhos tributários relacionados à venda da Aesop. A companhia divulga seu balanço trimestral nesta segunda-feira (13), após o encerramento dos mercados.
Analistas de mercado esperam que a companhia reverta o prejuízo do primeiro trimestre de 2023 e registre lucro, embora indicadores como receita e Ebitda devam cair no comparativo anual.
O Citi aponta, em relatório divulgado no último dia 6, que a valorização de 10% das ações da Natura &Co desde janeiro ainda não representa todo o potencial de alta dos papéis. Os analistas elevaram o preço-alvo de R$ 21 para R$ 21,50, considerando números de estoque melhores que o esperado no último trimestre do ano passado, e reiteraram a recomendação de compra.
O BB Investimentos também destacou a valorização dos papéis após o anúncio de estudos para uma eventual cisão da Avon Internacional, anunciado pela Natura &Co em fevereiro, além da elevação da nota de crédito pela agência de classificação de risco Fitch. A recomendação do BB Investimentos para a Natura &Co é neutra, com preço-alvo de R$ 18,20.
Para João Pedro Soares e Felipe Reboredo, do Citi, a integração entre as marcas Natura e Avon no Brasil deve ser bem-sucedida. Segundo estimativas do banco, as vendas da Natura no Brasil devem crescer 10% no primeiro trimestre, enquanto a Avon deve reportar recuo de 5%,
Apesar da queda nas vendas da Avon, as projeções indicam resultados consolidados superiores ao registrado no quarto trimestre do ano passado. A expectativa é de que a companhia reporte, novamente, melhoria em indicadores como capital de giro e melhor geração de caixa.
A Natura &Co deve reportar receita de R$ 6,07 bilhões entre janeiro e março, queda de 17%, enquanto o Ebitda ajustado deve recuar 9%, para R$ 645 milhões, segundo estimativas do Citi.
Para os analistas do Goldman Sachs, a companhia deve reportar bons resultados no primeiro trimestre, seguindo a tônica dos últimos períodos.
Em relatório, Irma Sgarz, Felipe Rached e Gustavo Fratini apontam que as marcas Avon e Natura estão normalizando os prazos de entrega, o que deve contribuir para as vendas. As operações na região hispânica da América Latina, porém, passam “por desafios micro e macro”, com a deterioração do ambiente de consumo na Argentina e mudanças no modelo de vendas no México.
O Bradesco BBI, por outro lado, reduziu o preço-alvo para as ações da Natura &Co, de R$ 23 para R$ 22, com recomendação de compra. Segundo relatório de 10 de abril, ainda há preocupações relativas à execução estratégica e decisões de alocação de capital para companhias como Natura &Co, além de varejistas como Alpargatas, GPA e Lojas Quero-Quero.
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