Executivo tem a missão de reestruturar a companhia

Em meados de junho, a Natura&Co (NTCO3) foi ao mercado fazer uma comunicação importante.

O executivo Fábio Barbosa  estava assumindo a função de CEO da maior empresa de cosméticos do Brasil, com a função de fazer a transição para uma estrutura “mais simples da holding”.

A Natura&Co é dona de quatro marcas:

Natura,
Avon,
The Body Shop,
Aesop.
O desafio de Fabio Barbosa é grande.

Isso porque o valor de mercado de todas as marcas já foi de cerca de R$ 80 bilhões até 2021.

Porém, em menos de dois anos, ele caiu para cerca de R$ 15 bilhões.

Ou seja, uma estrutura que cresceu muito ao longo dos anos, mas hoje enfrenta desafios ainda maiores.

O que aconteceu com as ações da Natura (NTCO3)?
As ações do grupo caíram quase 60% em um ano e o mercado aguarda ansioso o anúncio de novas medidas da companhia para conter a sangria. A empresa fala em reestruturação, que pode ser desde a venda da Aesop – marca de luxo do grupo e a mais rentável atualmente – ou como se especula no mercado, a redução de sua participação nos outros negócios.

Além disso, em entrevistas recentes, Barbosa tem dito que a época da expansão passou e o momento é de consolidação. No entanto, não deixa claro quais serão os próximos passos da companhia. Administrador de empresas, formado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Barbosa já está no grupo faz cinco anos, quando passou a integrar o conselho da empresa onde liderava o Comitê de Pessoas da Natura&Co.

Executivo renomado
Fábio é muito conhecido nos círculos empresariais.

Tanto que foi considerado um dos nomes de peso que assinou neste ano o manifesto pela democracia.

Apesar de ser uma clara crítica ao governo de Jair Bolsonaro, Barbosa já fez questão de deixar claro não ser de esquerda e ter uma visão liberal na economia.

“Eu faço muita crítica ao pessoal da esquerda, dizendo que eles não têm o monopólio de querer o bem da sociedade. Eu, Simone Tebet e outras pessoas também queremos”, disse em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.

Apesar da linha liberal, Fábio já foi chamado de “banqueiro verde”. E por um motivo. Muito antes da sigla ESG  começar a fazer parte do noticiário no país, Fábio Barbosa já era conhecido por defender, desde suas passagens por instituições financeiras, a agenda verde, à época conhecida como programas “ecologicamente corretos”.

Como é a carreira de Fábio Barbosa?
E não é que o apelido que o executivo carregou durante muito tempo tinha algo de verdade?

Apesar de ter começado a trabalhar na Nestlé, a carreira deslanchou no mercado financeiro.

Em 1986, Fábio foi trabalhar no então Citibank e, em 1996, assumiu a presidência do ABN-AMRO Bank.

Com a aquisição da instituição pelo Santander, em 2008, tornou-se presidente do novo banco, o Santander Brasil. Caso raro no mercado, quando presidente da instituição comprada assume a cadeira criada pelo comprador.

Também neste período, entre 2007 e 2011, ele ocupou simultaneamente a presidência da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), principal entidade representativa dos bancos brasileiros. Quando saiu do Santander, se aventurou no mercado de mídia ao presidir o grupo Abril, entre 2011 e 2015.

E de lá pra cá passou a integrar o Conselho da Fundação das Nações Unidas e no último ano também assumiu a posição como membro do conselho de administração da Ambev.

Fábio Barbosa ainda é membro dos conselho de administração do Itaú Unibanco.

Fonte: https://inteligenciafinanceira.com.br/aprenda/quem-e/quem-e-fabio-barbosa-o-novo-ceo-da-natura/

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