As indústrias farmacêuticas voltaram a ficar otimistas e já preveem retomada de crescimento a partir de 2017. Nos últimos dois anos, o setor teve a rentabilidade fortemente impactada pelo aumento dos custos de produção, sobretudo com mão de obra (dissídio) e aumento do dólar (os principais insumos são importados), diz Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos do Estado de São Paulo (Sindusfarma). “A indústria farmacêutica é a última a entrar na crise e a primeira a sair dela.”
 
Ainda é cedo para dizer que as indústrias poderão retomar os investimentos? 
 
Não. Estamos otimistas. O setor foi impactado pela crise e, pela primeira vez, terá o mesmo crescimento da inflação. Nos últimos anos, crescia duas a três vezes a inflação. Esperamos um crescimento de 8% a 10% neste ano e mantemos a mesma projeção de expansão para o ano que vem.

O cenário para o setor já está mais favorável? 
 
Começamos a sentir uma melhora no emprego. O setor não tem necessidade de aumentar a capacidade industrial. A expectativa, com a atual equipe econômica, é de que o cenário macro melhore e os juros comecem a recuar. O Brasil, com o dólar a R$ 3,20, é atrativo para as multinacionais. O risco de investimento é a insegurança econômica. Se resolvida essa questão, os investimentos retomam e o País volta a ser interessante.
 
E como estão as conversas com o governo para o avanço das Parceiras para Desenvolvimento Produtivo (PDPs) de medicamentos? 
 
Estão sendo retomadas. Há boa disposição do governo em acertar as parcerias com laboratórios públicos que tenham condições em tocar esses projetos.

Fonte: http://sindusfarma.org.br/cadastro/index.php/site/ap_imprensas/imprensa/1385

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