A indústria de beleza, que durante anos tem sido resistente a crises teve retração de 2,5% de janeiro a abril, em relação ao mesmo período de 2014, de acordo com dados da Abihpec – Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos. Foi a primeira vez que o segmento teve um decréscimo em 23 anos. No ano passado a indústria cresceu 11%, segundo da Associação.

O resultado teve impacto variado entre as empresas do setor afetadas pela decisão do brasileiro de cortar gastos. A Avon, que tem o Brasil como seu principal mercado global, viu suas vendas caírem 6% no segundo trimestre; em dólares, as vendas despencaram 32% por causa da forte desvalorização do real. A Natura apresentou receita no mercado brasileiro com queda de 4,6%, enquanto o volume vendido teve baixa de 15% nos resultados do segundo trimestre. Analistas do mercado apontam que empresas de varejo, especialmente as que atuam no varejo especializado como O Boticário e em farmácias, como a L´Oreal, Unilever e P&G tiveram melhor desempenho.

A empresa enfatizou ao comentar seus resultados no relatório do segundo trimestre, que sua estratégia é investir no porta a porta e para isso desenvolveu o Rede Natura, uma rede de consultoras da marca que vendem pela internet para qualquer parte do país. Sua experiência no varejo, com a Aesop, marca australiana comprada pela empresa, teve apenas uma loja da marca aberta em São Paulo. A empresa tem ainda um projeto de loja da marca Natura e desenvolve experiências com quiosques da marca.

Fonte:http://www.cosmeticosbr.com.br/conteudo/noticias/noticia.asp?id=3900

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