Anualmente, em 31 de março, o preço máximo dos medicamentos, regulado pelo governo, é reajustado no Brasil. Embora a data ainda esteja distante, a Interfama (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) já estima que, diferente do que ocorreu em anos anteriores, haverá um índice único a ser aplicado para todos os remédios: 4,46%.
Geralmente, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) estipula três índices para faixas de medicamentos, com base na concentração do mercado. Mas como a produtividade da indústria (uma das variáveis para chegar ao reajuste) não apresentou variação significativa, sendo igual a zero, isso deve mudar. Outros componentes da fórmula são, por exemplo, o impacto da energia elétrica, as oscilações do câmbio e a inflação do período — protagonista no cálculo deste ano.
Se confirmado, o índice voltará quase ao máximo autorizado em 2017: 4,76%. No ano passado, porém, os consumidores tiveram um alívio, com o menor percentual de aumento em 11 anos: o índice máximo foi de 2,84%.
A autorização de reajuste para 2019, porém, não garante que as cobranças ao consumidor cresçam na mesma proporção. Segundo a Interfarma, espera-se que alterações no varejo sejam percebidas gradualmente, conforme os estoques forem sendo renovados.
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