Em 2017, o setor de Life Sciences enfrentará alguns desafios já conhecidos: eficiência operacional, margem de lucro e busca constante por novos medicamentos e produtos para o tratamento de doenças crônicas.
Os biossimilares estão ganhando representatividade, apesar da complexidade da sua obtenção e de questões regulatórias mais rígidas. Tal fato é considerado um entrave para empresas investirem e ingressarem nesse mercado. No mundo, esse nicho já movimenta US$ 157 bilhões, e os biossimilares representam 2% deste valor.
Um medicamento biossimilar é desenvolvido depois que a patente de um produto biológico expira, mas eles não são idênticos aos originais, ou de referência, uma vez que não é possível fazer uma cópia exata de um medicamento biológico, seja pelo seu desenvolvimento, pelo diferencial no processo de fabricação ou pela linhagem de células hospedeiras.
A chegada ao mercado dos primeiros medicamentos biossimilares produzidos com tecnologia nacional está próxima. O biossimilar é uma versão mais barata de drogas biológicas de referência já disponíveis. Justamente por isso surge como alternativa para ampliar o acesso às drogas de alta tecnologia.
Atualmente, 16 empresas privadas (nacionais e estrangeiras) e seis laboratórios públicos trabalham em sistema de parceria, o que inclui a transferência de tecnologia para produção de biossimilares usados no tratamento de doenças, como hemofilia, câncer, es- clerose múltipla, artrite, reumatoide e diabetes. A expectativa é de que, dentro de quatro anos, esses 14 produtos tenham fabricação 100% nacional.
Em todo o mundo existem apenas 20 biossimilares registrados, incluindo um produto brasileiro, que são considerados uma nova fronteira para a indústria farmacêutica global.
Tal tendência poderá gerar um novo rallyàs compras, em que empresas com potencial para desenvolver tais medicamentos serão alvos de aquisições.
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