Brasil terá primeira fábrica de teste para zika e chikungunya Localizada em São Caetano do Sul (SP), a nova planta da Euroimmun recebeu investimentos de R$ 8,5 milhões e deve entrar em funcionamento em outubro

A empresa alemã Euroimmun, líder mundial em diagnóstico de doenças autoimunes e presente no Brasil há cinco anos, se tornará a maior fabricante de testes do país para dengue – além de zika e chikungunya – a partir de outubro quando inaugura planta em São Caetano do Sul (SP).

Na nova fábrica serão produzidos biochips, elemento que permite a miniaturização extrema para combinação de mais de 30 diferentes tecidos, substratos celulares e antígenos purificados. A previsão é de que a produção dos biochips esteja à plena força já em janeiro de 2018, com as licenças de funcionamento liberadas. Esta nova unidade deverá produzir também material para exportação.

Durante os primeiros cinco anos em solo brasileiro, além da detecção de doenças tropicais, a empresa ofereceu diagnósticos autoimunes, de alergia, molecular, sorologia infecciosa e soluções em automação para diversos laboratórios, hospitais e universidades. No período, as receitas da Euroimmun cresceram com taxa média anual de 19% e, em 2017, a expectativa é de faturamento de US$ 310 milhões.

A nova planta, que será instalada em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, recebeu um investimento inicial de R$ 8,5 milhões. A fábrica terá 1,4 mil m², sendo que dessa área, mais de 1,2 mil m² serão destinados aos laboratórios e escritórios.Prevê gerar 40 empregos diretos, de PhDs a técnicos. De acordo com o CEO da Euroimmun, Gustavo Janaudis, a escolha de São Caetano se relaciona ao índice de desenvolvimento da cidade, com comprovadas competência e acessibilidade técnica, em especial junto aos órgãos reguladores do segmento farmacêutico.

Biochip

De acordo com Janaudis, a meta é transformar o país em uma plataforma de desenvolvimento de produtos. “Da nossa fábrica sairão biochips capazes de detectar doenças para o mercado internacional, por exemplo. Hoje, importamos e distribuímos 18 mil biochips por dia. Com a nova instalação, vamos produzir 40 mil e podemos até dobrar esse número na segunda fase de expansão”, conta.

Janaudis explica ainda que a montagem do biochip é um processo fabril. Assim, a matriz será importada e, no Brasil, serão realizados os cortes e transferências para a plataforma de análise. “Outros testes por metodologia ELISA e todo o laboratório de P&D também contarão com produção em escala”, afirma o CEO. O kit de Zika Vírus Elisa da Euroimmun, pela qualidade e eficácia, é padrão de referência em diagnóstico.

Novo dono

A empresa é líder mundial em soluções para diagnóstico laboratorial. O seu portfólio de reagentes inclui mais de mil parâmetros para realização de diagnóstico. Fundada em 1987, na cidade de Lübeck, na Alemanha, tem em seu quadro atualmente mais de 2,4 mil funcionários, alocados em 16 países.

No mês passado, as ações mundiais da empresa foram vendidas para a PerkinElmer pelo valor de U$ 1,3 bilhão. A negociação, porém, não traz nenhuma mudança aos planos ampliação da fábrica no Brasil. Para Janaudis, “dada a não concorrência entre empresas, vislumbramos o potencial de compor um portfólio, em um futuro próximo, a fim de oferecer soluções ainda mais completas aos parceiros e amigos”.

Fonte: http://panoramafarmaceutico.com.br/2017/09/12/brasil-tera-primeira-fabrica-de-teste-para-zika-e-chikungunya/

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