Crescimento no volume de vendas de perfumes e cosméticos mostra que existe forte expansão das farmácias e lojas no mercado online do país; setor lidera o volume de pedidos online, com 15% do total do comércio eletrônico brasileiro
A entrada da Amazon no e-commerce de medicamentos com a compra do PillPack, grupo de farmácias online, mostra a transformação que está acontecendo no complexo negócio farmacêutico em todo o mundo. A partir de agora, a PillPack dá à Amazon uma pequena parcela do mercado norte-americano, mas o interesse da gigante do comércio eletrônico não deve parar de crescer. Entretanto, não é só nos Estados Unidos que os negócios envolvendo tecnologia e fármacos estão evoluindo.
No Brasil, o panorama é semelhante. No primeiro semestre de 2018, o e-commerce brasileiro faturou R$ 23,6 bilhões, o que significa alta de 12,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o 38º Webshoppers, do Ebit/Nielsen. O resultado foi puxado, principalmente, pelo crescimento no volume de vendas de perfumes e cosméticos, o que mostra que existe forte expansão das farmácias e lojas no mercado online do país. Agora, o setor lidera o volume de pedidos online, com 15% do total do comércio eletrônico brasileiro.
Apesar da crise que afeta a economia nacional, as vendas de medicamento chegaram a US$ 33,1 bilhões em 2017 (com base nos preços fábrica). O Brasil subiu duas posições no ranking global, tornando-se o sexto maior mercado farmacêutico do mundo, atrás dos Estados Unidos, da China, do Japão, da Alemanha e da França, segundo relatório a empresa IQVIA.
Além disso, o estudo mostra que as vendas de medicamentos no país devem permanecer altas, com taxa anual entre 5% e 8% no período 2018-2022, bem acima do aumento dos gastos globais com remédios. A expectativa é superar a França e se tornar o quinto maior mercado farmacêutico do mundo até 2022.
Nos últimos anos, a maioria das indústrias farmacêuticas aumentou seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento de remédios para doenças crônicas e raras. Seis classes de medicamentos estão sendo desenvolvidas atualmente, com destaque para os que se destinam ao tratamento de HIV, esclerose múltipla e remédios para psoríase. Segundo dados da Academy of Managed Care Pharmacy, divulgados na reunião da instituição em Boston (EUA), no primeiro semestre deste ano, os negócios neste mercado devem chegar a US $ 25 bilhões até 2022.
Esse cenário positivo tem estimulado o surgimento de soluções inéditas para os segmentos de oncologia, hospitalar e vacinas. Estão surgindo novos modelos de negócios com o objetivo de gerar valor para os players que atuam no setor. Num mercado tão sofisticado, é preciso oferecer soluções completas que vão desde o gerenciamento de demanda, até o apoio do paciente em seu tratamento.
Especificamente, no que diz respeito à geração de demanda, com o apoio da tecnologia é possível acompanhar todo o pipeline (funil) de vendas e desenvolver relacionamentos de longo prazo com sua base de clientes. Para dar eficiência aos processos e ao gerenciamento de toda cadeia, é necessário atender desde a indústria farmacêutica, passando pelas distribuidoras até chegar aos hospitais, clínicas e pacientes por meio de um trabalho consultivo e oferecendo soluções que viabilizem a comercialização e utilização de medicamentos.
Enfim, para enfrentar os desafios de um segmento tão complexo, é preciso contar com serviços que influenciem positivamente a jornada do paciente, garantindo a distribuição eficiente dos medicamentos.
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