Os genéricos, que vêm conquistando participação cada vez mais expressiva no mercado farmacêutico brasileiro, bateram recorde no terceiro trimestre. Com 29,6% das vendas em volume, esse tipo de medicamento registrou a maior fatia já alcançada no varejo farmacêutico nacional, segundo levantamento da Pró Genéricos, com base em indicadores do IMS Health.
“O pressuposto maior é o acesso”, disse a presidente-executiva da associação, Telma Salles. A substituição de outras marcas, a crescente confiança nesses medicamentos, o preço e o avanço no número de registros – 255 entre 2010 e 2015, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) – explicam o fato de os genéricos terem assumido o papel de motor do crescimento da indústria farmacêutica no país, conforme a executiva.
No terceiro trimestre, as vendas em volume de genéricos tiveram alta de 10,7% na comparação anual, para 254,3 milhões de unidades. Ao mesmo tempo, o mercado total de medicamentos cresceu 6,2%, para 872,6 milhões de unidades. Sem considerar os genéricos, porém, essa taxa cairia a 4,5%. Em receita, as vendas do segmento no trimestre cresceram 21%, para R$ 5,2 bilhões.
Embora os índices dos genéricos saltem aos olhos, especialmente neste momento de retração da economia doméstica, o desempenho da indústria está abaixo do esperado e já sente os reflexos da crise, segundo Telma. No início do ano, a expectativa era de crescimento médio das vendas de 15%. Agora, a torcida é pela manutenção da expansão de 11% verificada no acumulado de 2015 até setembro.
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