Em 2016, somente na linha de medicamentos, a taxa de expansão das vendas da Cimed deve chegar a 25%. E a ideia é manter essa dinâmica, com alta entre 20% e 25% ao longo do próximo ano, sustentada pelos lançamentos nos mercados de genéricos e remédios isentos de prescrição (OTC, na sigla em inglês). Ao mesmo tempo, o grupo vai entrar no segmento de dermocosméticos, com a apresentação de uma linha logo no início do ano, e poderá estrear em medicamentos de prescrição, o que pode ocorrer no fim do exercício.
A nova unidade de produção entrará em operação no início de 2018, dando continuidade ao avanço do grupo. “Temos de pensar em uma nova fábrica para manter esse ritmo”, disse ao Valor o presidente do grupo, João Adibe Marques. Para 2017, segundo o empresário, estão previstos 50 lançamentos na linha de medicamentos, 60% dos quais em genéricos, e 100 novas apresentações.
Quarta maior indústria farmacêutica do país, considerando-se também as vendas via distribuição própria, a Cimed quer estar entre os três maiores do mercado de genéricos em 2018. À espera da liberação de “três ou quatro moléculas” ao longo do ano que vem, que possibilitarão um crescimento de 25% nessa área, a empresa está mapeando patentes que podem cair no curto prazo como parte da estratégia de expansão. Ao mesmo tempo, poderá avaliar aquisições, desde que o portfólio seja complementar, para atingir esse objetivo.
“Vamos olhar o mercado no ano que vem”, contou Marques. A Cimed não entrou na disputa pelo Teuto, laboratório que tem como acionistas a Pfizer e a família Melo e foi colocado à venda no primeiro semestre.
Ainda no campo das aquisições, a Cimed, dona da marca de lubrificantes K-Med, interessou-se inicialmente pela concorrente KY, colocada à venda pela Reckitt Benckiser. A venda da marca é condição do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) vinculada à aprovação da compra do negócio de preservativos da Hypermarcas pelo grupo britânico. No entanto, diante da elevada participação de mercado da K-Med, a Cimed não pode participar da concorrência.
Ao longo deste ano, o acirramento da concorrência no mercado de medicamentos, em parte como reflexo da crise econômica, e do aumento dos custos da indústria, a Cimed optou por abrir mão de margens e seguir oferecendo descontos mais agressivos para no mínimo manter participação de mercado. “Refizemos nosso planejamento para não perder competitividade na ponta”, explicou Marques.
No início de 2017, quando completa 40 anos, o grupo vai definir o planejamento estratégico até 2020. O empresário não comenta quais devem ser os pilares do plano de longo prazo, mas adiantou que uma importante aposta de curto prazo, e parte das comemorações pelo aniversário, está relacionada ao patrocínio à Seleção Brasileira. A ideia é levar consumidores para assistir aos jogos da Copa em 2018.
Fonte: http://sindusfarma.org.br/cadastro/index.php/site/ap_imprensas/imprensa/1465
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