Com a recente aquisição da Pharmachem Laboratories, por US$ 660 milhões, a Ashland — líder global em especialidades químicas — trará tecnologias nutracêuticas (que previnem doenças) e de personal care para seus laboratórios no Brasil. As plantas estão localizadas nas cidades de Cabreúva e Araçariguama, ambas no Estado de São Paulo. Isso permitirá, por exemplo, desenvolver produtos à base de aloe vera.

“De imediato, a fábrica de Cabreúva vai começar a produzir revestimentos de comprimidos”, diz Alexandre Moraes, diretor-geral da Ashland para a América Latina. Ele não revela o valor do investimento, por política da companhia. Mas conta que os laboratórios no País crescerão 60% no curto prazo.

Com receitas anuais de cerca de US$ 300 milhões e 14 fábricas nos Estados Unidos e no México, a Pharmachem desenvolve, fabrica e fornece produtos nutricionais e de fragrâncias. O CEO da empresa, Bill Wulfsohn, esteve no Brasil entre 15 e 17 de agosto.

“Esta combinação irá melhorar a nossa posição nos mercados finais de nutracêuticos com rápido crescimento, abrir uma nova oportunidade dentro de fragrâncias e sabores e fortalecer o negócio de ingredientes alimentícios da Ashland™, afirmou Wulfsohn.

Presente em mais de 100 países, a Ashland é uma empresa mundial, líder no desenvolvimento, manufatura e comercialização de especialidades químicas. Atende a uma ampla gama de mercados industriais e de consumo, incluindo cuidados pessoais e farmacêuticos, adesivos, revestimentos arquitetônicos, automotivo, construção, energia, alimentos e bebidas.

A companhia tem 7 mil colaboradores ao redor do mundo. Com receita de US$ 5,4 bilhões, classificou-se como o número 472 da Fortune 500 na sua última edição. É a 50ª maior empresa pública da Califórnia (EUA), de acordo com a pesquisa do Courier.

No Brasil, a empresa possui uma planta de resinas termofixas que opera em Araçariguama. As resinas são matérias-primas dos compósitos, tipos de plástico de alta performance presentes nos setores de construção civil, transporte e energia eólica, entre outros.

Na cidade de Cabreúva, está sediada a planta de aditivos para as indústrias de alimentos, bebidas e nutracêuticos, para onde serão direcionados os recursos e investimentos necessários para absorver a demanda gerada com a aquisição da Pharmachem.

“Esperamos alavancar nossos extensos canais de vendas, rede de serviços técnicos e laboratórios de aplicativos globais para acelerar o crescimento da Pharmachem no mundo”, afirma Alexandre Moraes.

O mercado de nutracêuticos — De acordo com a Abrafarma (Associação Brasileira das Redes de Farmácias e Drogarias) a indústria farmacêutica driblou a crise econômica e cresceu aproximadamente 12,55% no ano passado, mesmo diante de um cenário desfavorável, com o número de desempregados batendo recorde.

Segundo alguns especialistas do ramo, esta tendência positiva pode ser esperada também em 2017, com crescimento de vendas (em unidades) acima da inflação. Já o faturamento (R$) deve ser um pouco menor, pois a elevação dos preços tende a ser conservadora, justamente pela crise instalada.

É claro que o retorno do crescimento econômico do Brasil é um fator extremamente importante para que o setor possa resgatar o patamar de crescimento dos anos anteriores, porém, mesmo diante de um momento tão complexo, a saúde e o bem-estar são prioridades que o brasileiro não abre mão, o que faz com que o potencial de consumo no país no setor farmacêutico ainda seja elevado.

Fonte: http://panoramafarmaceutico.com.br/2017/08/22/ashland-reforca-investimentos-no-brasil/

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