Apesar da economia estagnada, o faturamento do setor aumentou 11,4% em 2014

O faturamento do mercado farmacêutico pelo canal farmácia no Brasil saltou de R$ 28,7 bilhões em 2010 para R$ 41,8 bilhões em 2014, o que representa um aumento de 45,6% no período. Somente no ano passado, as farmacêuticas registraram crescimento de 11,4% sobre os R$ 37,5 bilhões faturados em 2013, segundo dados da IMS Health.

O número de doses comercializadas também cresceu. Foram 124,6 bilhões em 2014 ante 114,9 bilhões no ano anterior; aumento de 8,4%. Em 2010, as farmacêuticas vendiam 79,3 bilhões de doses no país, o que configura um incremento de 57,1% nos últimos quatro anos.

A divisão do mercado sofreu algumas alterações. Os medicamentos de referência, que representavam 44% das vendas em 2010, passaram a responder por 39% em 2014. Já os medicamentos similares ganharam mercado, passando de 42% para 48%. Os genéricos se mantiveram estáveis com 13%.

“Para o crescimento ser ainda maior, dependemos de alguns pontos que precisam ser resolvidos pelo país. O primeiro deles é o fato de não haver uma resposta organizada e realista para a questão do acesso. Cerca de 74% dos medicamentos brasileiros são comprados e pagos pelo bolso das pessoas, sem apoio do governo. Isso significa que a medicação mais complexa e mais cara acaba não chegando à maioria da população”, comenta Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).

O segundo ponto é a questão tributária. “O Brasil é campeão mundial em imposto sobre medicamentos. Temos uma situação injusta porque mesmo olhando os tributos dentro do país, o medicamento paga mais do que outros produtos, como, por exemplo, biquíni e ursinho de pelúcia; e isso prejudica o acesso da população aos tratamentos que precisa”, conclui.

 

Sobre a Interfarma

Fundada em 1990, a Interfarma possui atualmente 55 empresas associadas. Hoje, esses laboratórios são responsáveis pela venda, no canal farmácia, de 80% dos medicamentos de referência do mercado e também por 33% dos genéricos produzidos por empresas que passaram a ser controladas pelos laboratórios associados. Além disso, as empresas associadas respondem por 46% da produção dos medicamentos isentos de prescrição (MIPs) do mercado brasileiro e por 52% dos medicamentos tarjados (50% do total do mercado de varejo).

 

Fonte: http://www.embalaweb.com.br/noticias/6570.shtml

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