A venda de medicamentos para consumidores finais teve uma redução de 10,23% nos últimos seis meses, aponta a Sindusfarma (sindicato das empresas do segmento).

Nos últimos três meses, as unidades vendidas tiveram uma queda de 14%.

O setor, que demorou para ser afetado pela recessão econômica, passou a ter perdas nos últimos meses, afirma Nelson Mussolini, presidente da entidade.

“A indústria farmacêutica passava ao largo da crise, mas agora entrou. Nossa esperança é que saia rápido”.

O sindicato, no entanto, prevê que março, abril e maio sejam de resultados negativos.

A expectativa de crescimento para 2017, que era de 10%, deve ser alterada e projetada abaixo de dois dígitos com os dados do começo deste ano, segundo ele.

A prolongação dos meses de desempenho ruim significa que o varejo não só ajusta estoques, mas, sim, vende menos. Isso deve causar impactos nas indústrias produtoras, diz Mussolini.

Os medicamentos cujos desempenhos de vendas nas farmácias mais se deterioraram são os de tratamentos de doenças crônicas, como pressão alta e diabetes.

“Os remédios para hipertensão arterial são um bom exemplo: alguns pacientes param de tomar e podem ficar sem sentir piora na saúde durante meses.”

Compras governamentais, principalmente de prefeituras, também não vão bem, diz.

Fonte: http://sindusfarma.org.br/cadastro/index.php/site/ap_imprensas/imprensa/1530

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