As discussões sobre quebra de patentes na indústria farmacêutica ganharam força na pandemia. E o assunto esquentou ainda mais após a sinalização favorável de Joe Biden em relação ao fim da proteção para vacinas da Covid-19. O resultado tem sido uma corrida do setor para registrar medicamentos exclusivos.
De acordo com a consultoria Global Data, o primeiro trimestre registrou um recorde de novas patentes nas duas principais agências reguladoras do mundo – a Food & Drug Administration (FDA) e a Agência de Medicamentos da União Europeia. Somente as dez farmacêuticas líderes nesse quesito registraram 2.465 novos medicamentos.
Duas farmacêuticas suíças respondem por 1/3 das requisições. O primeiro lugar coube à Roche, com 524 patentes. O laboratório não produz vacinas, mas vem intensificando esforços na produção de testes e medicamentos contra a Covid-19, como o anti-inflamatório Actemra. Mais de 110 moléculas estão em desenvolvimento no pipeline, com foco em especialidades como oncologia, imunologia, doenças infecciosas e oftalmologia.
A segunda colocação do ranking é da Novartis, também com foco em medicamentos de prescrição para doenças de alta complexidade, mas com quase metade do volume da Roche. Entre os 289 fármacos estão o Cosentyx e Kesimpta, para o tratamento da psoríase e da esclerose múltipla, respectivamente.
O terceiro posto é da Johnson & Johnson (288 patentes), por meio de sua divisão farmacêutica Janssen. A companhia vem ampliando seus esforços em terapias contra diferentes tipos de câncer, a exemplo do teclistamab – para combate ao mieloma múltiplo.
Farmacêuticas com mais patentes registradas (1º tri 2021)
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