O primeiro banco genético de cannabis do Brasil está próximo de virar realidade. A Anvisa recebeu um pedido de autorização para o cultivo de cinco mil pés da erva enviado pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). As informações são do Estadão.

O objetivo é estudar cada uma das espécies da planta e determinar quais variações são as melhores para o uso medicinal e industrial. Apesar de todas terem substâncias como canabidiol e delta-9-tetrahidrocanabinol, o percentual varia de uma espécie para a outra.

O objetivo é ter entre 400 e 500 variedades diferentes da planta no banco genético. “Atualmente, não temos informação oficial sobre as variantes, vivemos numa zona cinza”, comenta o especialista em genética e ecofisiologia de plantas da UFV, Derly José da Silva.

Banco genético de cannabis mostrará particularidades locais

Segundo o especialista, o banco genético de cannabis, além de possibilitar os estudos, também mostrará as particularidades que o cultivo brasileiro pode apresentar em espécimes já conhecidos da ciência.

O canabidiol varia de local para local, de país para país. Temperatura, luz, água, solo, tudo isso interfere. Quando muda o ambiente, a planta muda o comportamento”, explica.

Com o banco, vamos conectar o Brasil à rede mundial que estuda cannabis, inserir o País no cenário internacional de pesquisa, trocar informações”, completa da Silva.

Estudos podem destravar regulamentação?

Uma pergunta que não quer calar é quando a regulamentação da cannabis medicinal no SUS sairá do papel. Os pacientes de São Paulo já esperam há nove meses por uma definição.

No dia 31 de janeiro, foi sancionada pelo governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a Lei 17.618/23, que determina a distribuição gratuita de remédios à base de canabidiol (CDB) e tetrahidrocanabinol (THC), no sistema público de saúde. Mas a distribuição nunca saiu do papel.

A época, o chefe do executivo havia prometido trabalhar a regulamentação em “no máximo dez dias” e trabalhavam com a possibilidade de iniciar a distribuição em 90 dias. Mais de 250 se passaram e nada.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/brasil-banco-genetico-de-cannabis/

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