Uma decisão do governo da China gerou um rebuliço na indústria farmacêutica e já compromete os ganhos de laboratórios multinacionais em atuação no país, como Eli Lilly, Novo Nordisk e Sanofi.

Segundo a agência de notícias estatal Xinhua, o governo chinês exigiu uma redução média de 48% nos custos de aquisição de 42 produtos à base de insulina. Este foi o requisito para as farmacêuticas interessadas em participar da concorrência para abastecer clínicas e hospitais públicos. Porém, as três farmacêuticas citadas acima podem perder suas posições dominantes porque seus cortes não foram suficientes para superar a concorrência de empresas locais.

O processo de aquisição de insulina cobre dois anos de tratamento e será responsável por 210 milhões de doses em 2022. Sem esse contrato, a Novo Nordisk já projeta uma retração de 3% no crescimento das vendas globais no próximo ano. Hoje, a empresa responde por cerca de 50% do volume de insulina distribuído no país.

A China representa um mercado cativo no segmento de diabetes, com cerca de 120 milhões de pacientes. Enquanto outras drogas como os inibidores DPP-4 e agonistas do GLP-1 estão disponíveis, as insulinas continuam sendo os medicamentos para diabetes mais usados ​​no país. Estima-se que, juntas, as três fabricantes multinacionais detêm uma participação de mercado superior a 70%.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/china-corta-custo-com-insulina-e-reduz-ganho-de-farmaceuticas/

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