Um levantamento do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF-SP) apontou que 98,52% dos farmacêuticos – grande parte do setor privado – sofrem com falta de medicamentos. Total de 1,152 participantes, 93,49% relataram sofrer com a falta de antimicrobianos (entre os mais citados amoxicilina e azitromicina); 76,56% de mucolíticos (entre os mais citados acetilcisteína e ambroxol); 68,66% de medicamentos analgésicos (entre os mais citados Dipirona, ibuprofeno e paracetamol) e 37,15% de outras classes.
Segundo Marcelo Polacow, presidente do CRF-SP, as crianças são as que mais têm sofrido com o desabastecimento. “Os relatos mostraram que os medicamentos em falta são principalmente em suas formulações líquidas, o que prejudica em especial, a população pediátrica, já que a maioria dos medicamentos para esse público é na forma líquida por serem mais fáceis de administrar”, afirma..
Principais motivos para a falta de medicamentos
Os profissionais participantes, tanto os que atuam na esfera setor pública quanto os que estão no setor privado, apontaram a escassez de mercado, a alta demanda não esperada, falha do fornecedor e preço alto impraticável como motivos para a falta de determinados medicamentos. Situações como a guerra na Ucrânia e o lockdown na China geraram problemas logísticos para o atendimento das demandas de insumos e medicamentos.
Alteração na receita
O CRF-SP alerta que o farmacêutico não deve modificar a prescrição de médicos e dentistas, por exemplo. Em caso de falta de medicamentos, o farmacêutico pode entrar em contato com o prescritor para indicar possíveis alternativas terapêuticas para uma nova prescrição ou orientar o paciente a solicitar a mudança com o profissional prescritor.
O levantamento foi realizado por meio de questionário contendo 20 perguntas disponibilizado no portal e nas redes sociais do CRF-SP, de 19 de maio a 30 de maio de 2022.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/crf-sp-aponta-falta-de-medicamentos/
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