A EMS movimentou R$ 18,1 bilhões em 2021, um aumento de 17% sobre 2020, quando foi registrado um faturamento de R$ 15,4 bilhões. Para 2022, a expectativa é manter os dois dígitos. Os dados foram compilados pela consultoria IQVIA e demonstram que, além de um crescimento maior que o do setor, a empresa se mantém na liderança pelo 16º ano consecutivo.
No período, foram comercializados 637 milhões de unidades (caixas) de medicamentos, 4% a mais que os 610 milhões vendidos em 2020. Com o resultado, a EMS garante um market share de 13% do mercado farmacêutico nacional, em relação ao faturamento; e, também, de 13% em relação ao volume de unidades comercializadas, o que equivale a dizer que, de cada 100 medicamentos comercializados no país, 13 são da marca EMS.
Para Marcus Sanchez, vice-presidente da EMS, os resultados comprovam que o caminho para a eficiência, competitividade e liderança é investir na expansão do parque fabril, em tecnologia, inovação, pesquisa científica e ampliação constante de portfólio. “Ao longo destes últimos 10 anos, destinamos mais de R$ 1 bilhão ao maior plano de expansão fabril da nossa história. Em 2022, estão previstos mais R$ 200 milhões para linhas de produção e atualização de tecnologia e maquinário”, destaca.
O executivo reforça ainda que, para continuar crescendo e ampliando o acesso da população à saúde, a estratégia da empresa é focar na fusão e aquisição de marcas e no licenciamento de novos produtos – especialmente do segmento de cardiometabólicos, respiratórios, antibióticos e oncológicos –, que devem representar 20% do faturamento da empresa em 2024 e serão principalmente voltados para as áreas de Prescrição Médica e Non-Retail.
Em paralelo, a empresa aposta também na tecnologia de peptídeos para desenvolver os chamados supergenéricos. “São genéricos de alta complexidade, que também integram nosso escopo de investimento em inovação e um dos fatores que tendem a nos diferenciar ainda mais neste segmento no mercado nacional e que marcam a nossa entrada no mercado americano. Já investimos US$ 50 milhões no exterior com este segmento”, diz. Sanchez completa ainda: “Estamos cada vez mais empenhados em desenvolver novas terapias com tecnologias de última geração. Nossa estratégia é ser uma empresa que gera produto para o mundo todo”.
Em 2021, outro destaque importante para o resultado da EMS foram os medicamentos genéricos. No acumulado de 12 meses, a empresa faturou R$ 6,2 bilhões, um avanço de 19% em relação ao ano anterior. Já o volume de caixas vendido destes produtos passou de 227 milhões para 237 milhões de unidades, um crescimento de 5%. “Embora hoje represente 30% do nosso faturamento, o segmento continua sendo relevante para seguirmos com nossa missão de garantir e ampliar o acesso dos brasileiros a importantes tratamentos médicos”, ressalta Sanchez.
Bayer apresenta crescimento nas vendas
O Grupo Bayer teve um ano bem sucedido em 2021, tanto do ponto de vista operacional quanto estratégico. As vendas de medicamentos de prescrição apresentaram um aumento de 7,4% (ajuste cambial e de portfólio) atingindo 18,349 bilhões de euros. Os segmentos de oftalmologia, radiologia e saúde da mulher recuperaram-se do impacto das restrições da Covid-19, sendo que esta evolução positiva mais do que compensou os efeitos adversos das vendas relacionadas com os preços provocados pelos processos de licitação na China.
As vendas do anticoagulante oral Xarelto™ registraram um aumento de 6,0% (ajuste cambial e de portfólio). Os volumes mais elevados na China e na Rússia foram parcialmente compensados pelas quedas de preços. As vendas de Adalat™, um produto para o tratamento de doenças cardíacas, aumentaram 21,3% (ajuste cambial e de portfólio) devido ao forte crescimento de volume na China. O medicamento contra o câncer Nubeqa™ também apresentou um bom desempenho, impulsionado principalmente por volumes mais altos nos Estados Unidos. Em contrapartida, as vendas do medicamento contra o câncer Nexavar™ sofreram uma redução da ordem de 30,9% (ajuste cambial e de portfólio), particularmente na China, devido à forte concorrência e procedimentos de licitação modificados para várias classes de ingredientes ativos.
As vendas de produtos de autocuidado (Consumer Health) avançaram 6,5% (ajuste cambial e de portfólio) para 5,293 bilhões de euros em comparação com um ano anterior muito forte, com crescimento em todas as regiões. Intensificado pela pandemia de COVID-19, o maior foco em saúde e prevenção levou a uma maior demanda, especialmente na categoria Nutricionais, que viu as vendas aumentarem em 11,7% (ajuste cambial e de portfólio). O crescimento também foi estimulado pelo lançamento de produtos inovadores em todas as categorias. As vendas na categoria Saúde Digestiva também mostraram um crescimento acentuado de 9,7% (ajuste cambial e de portfólio).
AbbVie apresenta crescimento geral de 22,7%
A farmacêutica AbbVie apresentou crescimento geral de 22,7% em suas receitas líquidas, chegando a US$ 56,12 bilhões. Além disso, o portfólio de Imunologia apresentou crescimento de 14,1%, enquanto o de Onco-hematologia alcançou um crescimento de 8,7%. Já o departamento de Neurociências teve crescimento global de 21,1% sobre o ano anterior, e, por fim, a unidade de negócios de Saúde Ocular cresceu 4,5% sobre o ano de 2020.
“Estamos entrando em 2022 num importante momento para a companhia, e esperamos um forte desempenho para o ano que se inicia – e por longo prazo – graças ao nosso portfólio diversificado, pipeline robusto e uma excelente execução”, finaliza Richard A. Gonzalez, CEO da AbbVie.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/faturamento-das-farmaceuticas-ressalta-crescimento-do-setor/
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