Apesar da crise provocada pela pandemia, o setor pet, que já vinha em crescimento, terminou 2021 com um faturamento de R$ 51,7 bilhões, alta de 27% em relação ao ano anterior. Os números são de levantamento do IPB (Instituto Pet Brasil).
Os dados indicam que o brasileiro manteve no ano passado os cuidados com alimentação e saúde do animal de estimação, um grande aliado das famílias, especialmente, nos momentos mais críticos do isolamento social.
De acordo com o instituto, o pet food, isoladamente, deve representar R$ 28 bilhões, ou 55% do faturamento. Em seguida aparecem venda de animais de estimação diretamente de criadores (R$ 5,6 bilhões), produtos veterinários (R$ 5,3 bilhões), serviços gerais (R$ 4,8 bilhões), serviços veterinários (R$ 4,7 bilhões) e pet care —produtos de higiene e bem-estar animal—(R$ 2,8 bilhões).
Pequenos e médios pet shops continuam sendo o principal canal de acesso aos produtos e representam 48% das vendas do setor.
O instituto, porém, afirma que o comércio eletrônico permanece em crescimento, o que indica uma mudança progressiva de hábitos das famílias que possuem pet. Em 2021, o e-commerce representou 5,4% das aquisições de produtos, mas cresceu isoladamente 48% em relação a 2020.
A expectativa é que o setor se mantenha em alta neste ano, mas a guerra na Ucrânia deve afetar os resultados e deixar os números inferiores aos de 2021.
“O cenário econômico mundial já está sendo afetado e, consequentemente, a economia brasileira, o que levará a um poder de consumo menor. Por exemplo, a guerra já está afetando os preços da cadeia de abastecimento, em especial matérias-primas e combustíveis. Ainda não conseguimos precificar isso, mas esse fenômeno vai fazer com que os preços dos produtos subam na ponta. Obviamente, esses aumentos acabam causando reflexos negativos para todos os setores, inclusive o pet”, diz Nelo Marraccini, presidente do Conselho Consultivo do IPB.
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