O mercado de medicamentos biológicos deverá encerrar o ano com faturamento de US$ 572 bilhões (R$ 3,2 trilhões) e chegar a impressionantes US$ 892 bilhões (R$ 4,9 trilhões) em 2028. Os dados fazem parte do estudo da IQVIA apresentado durante a lll Cúpula Brasileira de Inovação em Saúde, evento promovido pelo Sindufarma, em parceria com a Rede Brasileira de Inovação Farmacêutica (RBIF) e a Biominas Brasil.

As projeções da consultoria apontam para um aumento de 14% ao ano na receita da indústria farmacêutica com essa classe de medicamentos, com avanço mais acelerado em enfermidades onde há importantes necessidades não atendidas.

Dados globais indicam que as áreas terapêuticas de oncologia, sistema nervoso central, saúde mental, obesidade e vacinas contabilizarão uma parcela dessa fatia, inclusive no Brasil. Não coincidentemente uma boa parte do desenvolvimento em biotecnologia ocorre dentro desses segmentos“, avalia Sydney Clark, vice-presidente sênior Latam da IQVIA.

Potencial de mercado dos medicamentos biológicos no Brasil

Segundo o executivo, no Brasil, o gasto atual com medicamentos biológicos representa 30% das despesas totais com fármacos, o que corresponde a um montante de US$ 8 bilhões (R$ 44,5 bilhões). Fatores como o envelhecimento populacional tendem a aumentar esse percentual. Nos dez maiores países desenvolvidos, essa representatividade chega a 55%.

O término em massa de patentes de blockbusters da indústria farmacêutica deverá abrir um mercado de US$ 59 bilhões (R$ 328,3 bilhões) para a classe dos biológicos. O valor chega a US$ 5 bilhões (R$ 27,8 bilhões) no Brasil. “O país se beneficiará com a atração de mais concorrentes para esse nicho“, acredita.

Atualmente, a América Latina conta com mais de 40 empresas comercializando ou investindo em biológicos e biossimilares. E o Brasil desponta como maior polo continental, à frente de México, Colômbia, Argentina, Peru e Chile.

Entre os fatores determinantes para o crescimento de biossimilares estão o onshoring (produção local), a intercambialidade e a sustentabilidade financeira que viabilize investimentos de P&D. “Mas diferentemente da produção de um genérico, o biossimilar tem um custo de desenvolvimento dez a 20 vezes maior. Para investir, a indústria precisa considerar os riscos e se vai ter a lucratividade esperada“, finaliza Clark.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/medicamentos-biologicos-deverao-valer-r-49-tri-em-2028/

 

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