Estudo da consultoria BDSA revela que o mercado de cannabis pode movimentar, mundialmente, US$ 61 bilhões até 2026. Segundo reportagem do portal E-Investidor, do Estadão, apesar dos entraves regulatórios, existem opções de investimento disponíveis no Brasil. Os interessados

podem fazer aportes aplicando em fundos de investimento ou diretamente nas empresas listadas em bolsas de valores estrangeiras, por meio de ETFs (Exchange Traded Fund).

No Brasil, existem três fundos específicos do setor de cannabis disponíveis. O Trend Cannabis, da XP, investe de maneira passiva no MJ, um dos mais famosos ETF listados nos Estados Unidos. Para investir, a aplicação mínima é de R$ 100 e é cobrada uma taxa de administração de 0,5% ao ano.

Já na Vitreo, duas opções de gestão ativa estão disponíveis ao investidor: o fundo Cannabis Ativo e o Canabidiol. Nos dois é possível comprar cotas por R$ 100, mas as taxas de administração são diferentes, 0,72% ao ano em um e 0,9% em outro, respectivamente.

Levantamento feito pela Stake mostra que, das 29 empresas do setor de cannabis listadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, apenas uma tem retorno positivo em 2022: a Marrone Bio Innovations, com alta acumulada de 25,97% até a sexta-feira (13). Do lado negativo, é possível ver empresas com mais de 70% de queda acumulada no ano. Nos ETFs, a mesma coisa. Os dois ativos mais famosos, o YOLO e o MJ, têm rentabilidade negativa de 49,3% e 36,5% respectivamente.

Como os fundos de investimentos brasileiros investem ou replicam as ações americanas, os desempenhos em 2022 também seguem no vermelho. Na XP, o Trend Cannabis cai 35,5% no ano e 64,5% no acumulado dos últimos 12 meses. Na Vitreo, o Canabidiol tem queda de 49,5% no ano e 65,8% em 12 meses; enquanto o Cannabis Ativo cai 49% e 62,6%, respectivamente.

Potencial do mercado de cannabis no Brasil
A  New Frontier Data, uma empresa de análise independente de dados, estima que o mercado de cannabis movimente cerca de US$ 45 bilhões somente nos Estados Unidos até 2025. Os brasileiros interessados nos investimentos em cannabis precisam recorrer aos fundos de investimentos ou ETFs, porque, no Brasil, o setor segue inteiramente proibido.

Atualmente, a Anvisa permite que consumidores brasileiros tenham acesso a medicamentos com base em canabinóides, desde que sob prescrição médica. Antes, esses produtos eram importados diretamente pelos pacientes, mas, desde 2019, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 327/2019 permite que farmácias e drogarias do País comercializem esses remédios.

O relatório “Impacto Econômico da Cannabis”, produzido pela Kaya Mind em junho de 2021, apontou que, somados o uso medicinal, industrial e recreativo, esse mercado poderia movimentar R$ 26,1 bilhões em solo brasileiro.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/mercado-de-cannabis-atingir-61-bilhoes/

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