Beleza – Reservar um momento do dia para cuidar da pele, dos cabelos, fazer a limpeza facial ou a massagem relaxante… A rotina de autocuidado se tornou ainda mais presente na vida das pessoas durante a pandemia do coronavírus. O cuidar de si, e isso também inclui o zelo com a mente, é fundamental. E as pessoas começam a entender que o uso de dermocosméticos em uma rotina de skincare vai muito além da beleza, é um hábito de prevenção e autocuidado. Mas quais serão as tendências desse mercado para as próximas décadas?
Entre as principais que os especialistas têm observado são relacionadas à visão da saúde de forma holística e à mudança de hábitos de consumo, tanto na escolha dos produtos, quanto na experiência de compra e uso. Roberta Sant’anna, diretora da L’Oréal Cosmética Ativa, conta que estamos constantemente expostos aos fatores internos e externos que se refletem na saúde da nossa pele e cabelos.
As pessoas sentem cada vez mais os efeitos físicos e mentais, provocados pelo estilo de vida atual e na pandemia, tanto os novos hábitos de higiene quanto o isolamento social, assim como as novas rotinas, deixaram a população ainda mais interessada no autocuidado e na saúde
Ela conta que além de buscar cada vez mais produtos multibenefícios, com segurança e eficácia comprovada, também veremos as redes de farmácia se tornando hubs de serviços e a experiência digital apoiando o consumidor não apenas na experimentação, mas principalmente, potencializando o acesso à saúde (como a telemedicina) e a educação sobre pele e cabelos, como os aplicativos de serviços. “Um dos nossos principais projetos para 2022 envolve a tecnologia da telemedicina, que irá acelerar ainda mais a digitalização e o alcance médico da Dermatologia no país”, conta.
Outra tendência consolidada é o Clean Beauty, movimento que prioriza o uso de produtos de beleza sem toxinas e que não prejudicam a pele, o cabelo ou o planeta. Para se enquadrar na categoria ‘limpo’, o produto não deve ter ativos que podem causar malefícios à saúde e à pele, como alterações hormonais, irritação cutânea e câncer, além de ser proibido o uso de parabenos, ftalatos, sulfatos e fragrâncias sintéticas.
“Há alguns anos, já havíamos mapeado a Clean Beauty dentre as grandes tendências e cada vez mais vemos uma preocupação genuína com os impactos ambientais e sociais. Entendemos que o conceito de ‘Conscious Beauty’ faz muito mais sentido com o atual contexto, pois os consumidores que já vinham buscando por produtos naturais, passaram a ter uma visão mais consciente em busca de uma vida (e aparência) mais saudável, mais prática e autêntica, na qual suas belezas, das mais diversas possíveis, pudessem estar refletidas nas ofertas de produtos”, diz Roberta.
“A maior parte das nossas matérias-primas é derivada de fontes renováveis, naturais ou de origem natural ou de química verde. Nós nos comprometemos a respeitar a biodiversidade e a preservar os recursos naturais, pois acreditamos que estamos enfrentando desafios sem precedentes e nossas ambições devem estar alinhadas com estes desafios”
Roberta Sant’anna, diretora da L’Oréal Cosmética Ativa
SKINIMALISMO
Viviane Pepe, diretora de Comunicação da Avon Brasil, conta que a empresa tem investindo em estudos do setor e de comportamento do consumidor para oferecer uma experiência relevante diante dessa nova realidade. “Nossas pesquisas nos mostraram a transformação, a ressignificação e os novos olhares para diversos temas como: autoestima, maquiagem, cuidados com a pele, fragrâncias, e a relação emocional das consumidoras com essas categorias em tempos desafiadores”.
A executiva explica que o consumo de beleza é um radar de muitas tendências de comportamento, mas uma tem se destacado: a de produtos multifuncionais. “O skinimalismo, que une skincare e minimalismo, é um novo movimento na categoria onde o ‘menos é mais’, com o uso de menos itens, mais funcionais e capazes de substituir aquela rotina cara e complexa a partir de produtos tecnológicos, de alta performance a um bom custo-benefício”.
Uma pesquisa recente da Avon Global indicou que apenas 10% das mulheres usam mais do que cinco produtos para a pele do rosto por dia. Já 64% das entrevistadas não aplicam mais do que três. O mesmo movimento se reflete na categoria de maquiagem, como já é possível observar em produtos 2 em 1, por exemplo. “Em nosso portfólio já temos desenvolvimentos e lançamentos de produtos multiuso, que podem, por exemplo, ser usados nas bochechas e boca, além de produtos para atender a diversidade de peles e necessidades das brasileiras”, diz Viviane Pepe.
“Saúde, beleza e bem-estar estão cada vez mais relacionados. Os produtos cosméticos são uma ferramenta poderosa para elevar a autoestima e o bem-estar, trazendo um novo olhar sobre nós mesmas”
Viviane Pepe, diretora de Comunicação da Avon Brasil
Há uma conscientização dos consumidores com a procedência dos produtos e suas formulações. Ao longo dos últimos anos, a companhia observa que especialmente as novas gerações têm se engajado cada vez mais em relação a questões sociais e se mostrado conscientes sobre como suas escolhas de consumo podem minimizar danos e gerar impacto positivo no mundo.
“E podemos comunicar que foi antes mesmo da aceleração desta tendência que Avon foi pioneira e se tornou a primeira marca global a banir testes em animais, há mais de 30 anos. Além disso, todos os produtos são dermatologicamente testados e passam por criteriosos estudos globais antes de serem lançados. Para nós, é urgente colaborar em prol do ambiente, da dignidade das pessoas e da transformação da sociedade”, ressalta Viviane Pepe.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/o-mercado-de-beleza-no-pos-pandemia-veja-o-que-sera-tendencia/
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