O varejo farmacêutico brasileiro encerrou o segundo ano consecutivo com faturamento acima de R$ 100 bilhões, em um consistente avanço de 15% sobre 2020. E o ranking das maiores redes do país registrou importantes movimentos em 2021.

Liderança ampliada…
Com R$ 21,2 bilhões de receita, a Raia Drogasil ampliou em quase R$ 3 bilhões a distância para o Grupo DPSP, ancorada no conceito de Nova Farmácia. Um dos carros-chefes é a plataforma de saúde Vitat, presente em cerca de 20 lojas e que deve se estender a todos os 2,4 mil PDVs da empresa até o fim de 2022. “O projeto contempla ainda um app para agendamento de serviços nos hubs de saúde e o acompanhamento do histórico do cliente por meio de uma carteira unificada”, explica Bruno Pipponzi, vice-presidente de  Negócios de Saúde.

…e disputa à vista pela vice-liderança
A DPSP elevou em apenas R$ 1 bilhão seu faturamento e planeja redobrar o fôlego com aporte de R$ 350 milhões em reformas e em 80 novas lojas. Mas começa a ver no retrovisor as Farmácias Pague Menos. A diferença entre as duas caiu meio bilhão. Para alcançar a vice-liderança, a rede cearense aposta também nos ecossistemas de saúde, hoje disponíveis em quase 900 PDVs.

“Muitas das cidades onde atuamos sequer contam com consultórios médicos. E isso ainda nos torna canais de comunicação prioritários para as empresas de PBM e os programas de suporte da indústria farmacêutica”, destaca o diretor de serviços farmacêuticos Albery Dias.

Solidez no associativismo
Para a quarta colocada Farmarcas, a evolução de 22% em 2021 comprova o acerto na estratégia de se constituir como um grupo unificado nos processos de gestão, aglutinando 1.350 farmácias associativistas em 23 estados e no Distrito Federal. “Totalizamos 215 lojas abertas em 2021, sendo que apenas 20% pertencem a novas bandeiras. Isso demonstra um crescimento estruturado, sobretudo, no fortalecimento dos associados que já integravam nossa base”, enaltece o diretor geral Paulo Costa.

Sulistas “bem na fita”
O Sul do país ocupa lugar de destaque no ranking. Três redes da região estão logo atrás dos quatro representantes com operações nacionais. São elas as gaúchas Farmácias São João, que acabam de superar 900 unidades; e Panvel, além da catarinense Clamed. Enquanto isso, as Farmácias Associadas, do Rio Grande do Sul, saltou nove posições e estreou no top 20.

Cinco novas bilionárias
O ano marcou também a chegada de cinco empresas ao time das bilionárias – Grupo Tapajós e Drogaria Venancio, que subiram quatro e sete colocações, respectivamente, além da Drogal, Farmácia Indiana e as Farmácias Associadas. “Estamos falando de redes atuantes no Norte, Sul, Nordeste, Rio de Janeiro e interior de São Paulo. É um crescimento pulverizado que ratifica a solidez do varejo farmacêutico”, opina Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

Redes médias pedem passagem
Das empresas top 20 do setor, 16 estão entre as associadas à Abrafarma. No ano anterior, eram 18. O grande varejo manteve seu poderio, mas outras redes vêm conquistando seu espaço. É o caso da Coop, que opera dentro do modelo de cooperativismo e vê o canal farma já totalizar 19% do volume de negócios. Detalhe: é a única entre as 20 maiores a atuar em um só estado, com 79 unidades em São Paulo.

“Nossos planos estão fundamentados em três pilares, sendo o primeiro deles a atração de mais cooperados, número que vem crescendo 40% ao ano desde 2018. Estamos ainda incrementando o atendimento por meio da assistência farmacêutica e de categorias como a de dermocosméticos”, conta Gustavo Ramos, diretor executivo de Drogarias.

Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/ranking-do-varejo-farmaceutico/

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