Medicamentos como anestésicos, sedativos e bloqueadores musculares tiveram uma alta no preço em mais de 200% no interior de São Paulo, em comparação com os valores praticados no início da pandemia. Esses remédios são essenciais para pacientes que estão em UTIs. As informações são da Folha de S.Paulo, que teve acesso a uma planilha com os preços pagos em junho de 2020 e em março deste ano por hospitais do interior de SP.
Os bloqueadores musculares, são usados para a manutenção da respiração mecânica nos pacientes intubados, tiveram os preços reajustados. A unidade do brometo de rocurônio, antes vendida a R$ 16,4, agora custa no mínimo R$ 40.
O midazolam, um dos principais anestésicos utilizados na intubação, era vendido em junho do ano passado a R$ 6,3 a unidade. Agora, não sai por menos R$ 20,5, valor 220% superior. Já um possível substituto do midazolan, o propofol de 20 ml, também viu o preço disparar 190%, saindo de R$ 10,8 para R$ 32.
O Sindusfarma, que representa as indústrias farmacêuticas, diz que os medicamentos são o único bem de consumo no Brasil que têm preços controlados e que a CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) estipula um preço máximo no lançamento do produto.
Sobre os aumentos nos medicamentos de UTI, a entidade afirma que o “comportamento de preços desses produtos deve estar sendo afetado pela elevação de custos de produção decorrente do desarranjo das cadeias de suprimento globais”.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/2021/03/24/preco-de-medicamentos-de-uti-aumentaram-mais-de-200/
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