O preço de medicamentos hospitalares e de alta complexidade teve uma nova alta no último mês de janeiro. O reajuste foi de 0,27% em relação ao mês anterior. Os dados são do IPM-H , calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com a Bionexo.
O resultado foi inferior à inflação mensal medida pelo IPCA e IGP-M, respectivamente de 0,54% e 0,82%. No entanto, a tendência é de um aumento progressivo dos preços. Na comparação entre dezembro e novembro, o índice já havia sofrido aumento de 0,19%. No acumulado dos últimos 12 meses, o avanço foi de 4,86% – puxado especialmente pelos preparados hormonais (22,44%), hematopoiéticos (15,31%), imunoterápicos, vacinas e antialérgicos (14,52%).
Em janeiro, as áreas terapêuticas que mais impulsionaram o reajuste foram sistema nervoso (7,44%), aparelho geniturinário (3,91%) e cardiovascular (3,36%). Os maiores recuos incluem os anti-infecciosos (3,46%) e o aparelho digestivo/metabolismo (0,13%).
“Os resultados do índice refletem uma redução na volatilidade mensal desde novembro de 2021, o que contrasta com as oscilações expressivas ao longo de 2020 e 2021, ano em que o IPM-H registrou alta de 14,7% no primeiro semestre, seguida por uma acomodação de 7,6% na segunda metade”, avalia Rafael Barbosa, CEO da Bionexo, em entrevista ao O Estado de S. Paulo.
Efeitos da pandemia
“Além disso, o cenário de maior estabilidade ocorre em função da possível influência de fatores relacionados aos números da pandemia, que afetam direta e indiretamente a demanda do mercado. É importante salientar ainda o papel da sazonalidade, atribuída ao calendário de reajustes da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), usualmente autorizados em abril de cada ano”, acrescentou.
Fonte: https://panoramafarmaceutico.com.br/preco-de-medicamentos-hospitalares-tem-nova-alta/
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